Nadja Cravinhos, mãe de Daniel e Cristian Cravinhos, afirmou que Daniel fez um pacto para proteger Suzane von Richthofen a qualquer custo, 'nem que fosse com a própria vida'. Segundo ela, Daniel lhe contou sobre este pacto tempos depois do crime e que, no mesmo dia, disse à mãe que só então havia se dado conta de que foi usado pela namorada. Teria ainda confessado que matou sozinho Marísia e Manfred von Richthofen, sem a ajuda de Cristian.
Em seu depoimento, Nadja disse que conversava abertamente com Daniel sobre a vida íntima dele e de Suzane. Nessas conversas, afirmou, Daniel lhe contou que 'não foi o primeiro homem' de Suzane e que ela ficava 'muito estranha'.
Nadja diz que ela e Daniel elencaram algumas 'hipóteses' para o comportamento de Suzane, como um possível estupro do pai (ela diz que Suzane 'entrava em pânico' quando tinha de ir para o sitio da família em Ibiúna), problemas com o primeiro namorado e, mais tarde, 'puro fingimento', pois estaria se fazendo de vítima e usando isso contra Daniel.
Ela negou que Daniel tivesse algum tipo de dependência financeira e garantiu que ele se mantinha com a venda de aeromodelos.
- Ele chegou a emprestar dinheiro até para o Andreas, e para nós, os pais, porque foi sempre muito econômico - afirmou.
Nadja negou que soubesse que Suzane viajava com Daniel escondido da família. Da mesma forma como Daniel, disse que, em festas que freqüentou com Marísia e Manfred, o casal tinha ficado agressivo depois de ingerir bebidas alcoólicas.
- Com o abuso de álcool, eles eram outras pessoas. Se agrediam verbalmente, mas apenas entre eles, entre o próprio casal e os filhos. Nunca foram agressivos em relação à gente.
Ao fim do depoimento, Nadja obteve permissão do juiz para abraçar os filhos e os três choraram juntos. Antes disso, ela fez apelo aos jurados para que seja feita justiça 'na medida da culpa de cada um'.
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