Pesquisa do Datafolha divulgada na tarde deste sábado mostra que 63% dos entrevistados apoiariam a abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), a partir do que foi revelado até o momento na Operação Lava-Jato, que investiga um esquema de corrupção que envolve partidos políticos, empreiteiras e diretores da Petrobras. Entretanto, o Datafolha demonstra também que a maior parte das pessoas não sabe o que poderia acontecer após uma destituição da presidente ao cargo.
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Leia a matéria completaDo total de eleitores que defendem o impeachment de Dilma, apenas 12% estão conscientes de que, caso ela seja afastada, o cargo seria ocupado por Michel Temer (PMDB). Os resultados da pesquisa foram publicados no site do jornal “Folha de S.Paulo”.
Os pesquisadores perguntaram àqueles que defendem a saída da presidente quem assumiria em seu lugar. Deste grupo, 27% responderam que seriam o vice-presidente (sem citar seu nome) e 10% disseram que seria Michel Temer. Do total de entrevistados, 63% declararam não saber o nome do vice. Entre os apoiadores do impeachment, 12% disseram acreditar que o candidato derrotado na última eleição, o senador Aécio Neves (PSDB), assumiria a Presidência, e 39% disseram não saber o que aconteceria.
Embora a maioria das pessoas apoie a abertura de uma investigação contra Dilma, 64% não acreditam no afastamento da presidente. Para 57% dos entrevistados, Dilma sabia da corrupção na Petrobras. Outros 26% acreditam que, embora soubesse do esquema, a presidente não poderia fazer nada para impedir que ele continuasse. Por fim, 12% responderam que Dilma não sabia da corrupção na Petrobras.
Nova eleição
O instituto de pesquisa também perguntou aos eleitores em quem eles votariam caso fossem convocadas novas eleições presidenciais. O resultado revela um empate técnico entre Aécio e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O tucano foi escolhido por 33% dos eleitores, enquanto o petista ficou com 29% das intenções de voto.
Marina Silva, que concorreu às últimas eleições pelo PSB, e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa aparecem empatados em terceiro lugar, com 13% das respostas. O Datafolha ouviu 2.834 pessoas em 171 municípios entre 9 e 10 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
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