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Pesquisa do Instituto Datafolha divulgada ontem pelo jornal Folha de S. Paulo coloca o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), e o senador Osmar Dias (PDT) empatados tecnicamente na disputa pelo governo do Paraná em 2010. O tucano aparece com 40% das intenções de voto contra 38% do pedetista. Em relação à última sondagem divulgada pelo Datafolha em março, a vantagem diminuiu seis pontos porcentuais – Richa tinha 39% e Osmar, 31%.

A principal mudança ocorreu no cenário em que o senador Alvaro Dias é colocado como candidato do PSDB. Nesse caso, Osmar aparece na frente, com 42% contra 28% do irmão. Em março, as posições estavam invertidas – Alvaro tinha 39% e o pedetista, 27%.

Nos dois cenários da pesquisa atual, que tem margem de erro de 3 pontos porcentuais, o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) aparece em terceiro lugar. Quando Beto é o nome do PSDB, ele tem 4%. Quando o candidato é Alvaro, o peemedebista tem 5%. Em março, ele variava entre 6% e 7%.

A sondagem também apresentou dois candidatos diferentes do PT. A secretária estadual de Ciência e Tecnologia, Lygia Pupatto, e o ex-prefeito de Londrina, Nedson Micheleti, apareceram com 1%. Melo Viana (PV) teve 1% nos dois cenários.

O resultado foi comemorado por Richa. "Fiquei satisfeito, mas recebo os números com muita humildade." Segundo ele, a permanência na liderança reflete o sentimento que ele percebe pelas cidades que tem visitado no interior do estado – o prefeito passou por mais de 20 municípios no segundo semestre.

O estudo aponta que a maioria do eleitorado de Richa está em Curitiba, onde ele soma 66%, contra 16% de Osmar. Já o pedetista leva vantagem no interior do estado, onde tem 46% contra 30% do tucano. Nos municípios da região metropolitana de Curitiba, Richa aparece com 54% e Osmar com 24%.

Apesar de ter diminuído a vantagem de Richa em relação à pesquisa divulgada em março, Osmar foi comedido ao comentar os resultados. "Está mais ou menos a mesma coisa de sempre." Ele considerou "irreal" o cenário em que ele e Alvaro concorrem entre si. "Somos irmãos e sempre dissemos que isso não irá acontecer."

Já Alvaro admitiu que os números o colocam em uma situação difícil. Ele e Beto brigam pela indicação do PSDB e o senador defende que a escolha interna seja feita por meio de pesquisas. "É claro que dificulta para mim. Se essa dificuldade se confirmar, só tenho o dever de respeitar o eleitor."

Para ele, no entanto, a pesquisa tem um erro técnico. A falha explicaria a diferença em relação ao estudo publicado em março, quando ele estava 12 pontos porcentuais na frente do irmão. "Ao colocar um primeiro cenário entre Beto e Osmar, eu fico prejudicado no segundo. Muitos que já haviam escolhido votar em mim, mantém o voto no Osmar. É algo psicológico."

Além disso, Alvaro disse que seria impossível uma mudança tão drástica em relação a resultados de outras pesquisas publicadas recentemente. "Em nenhuma delas eu estive nessa situação."

De acordo com Richa, a escolha do candidato do PSDB deve ocorrer entre o final de janeiro e o começo de fevereiro. Ele concorda que a decisão deve ser baseada em pesquisas. "O que vale é o desejo do eleitor, é ele que deve ser respeitado."

Richa também disse que não trabalha com uma meta de performance nas pesquisas para decidir se deixará a prefeitura, o que deve ocorrer em abril. "Ainda é cedo para falar sobre isso."

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