O alto índice de aprovação obtido na eleição de ontem transformou o prefeito Beto Richa (PSDB) em um importante cabo eleitoral para os candidatos que vão disputar o segundo turno tanto no Paraná quanto em outras capitais brasileiras. O tucano, que foi reeleito como o segundo candidato a prefeito mais votado do Brasil (77,27% dos votos válidos), pôs seu prestígio à disposição do próprio partido e dos aliados. Cícero Almeida, do PP, foi eleito em Maceió (Alagoas) como o candidato a prefeito de capitais com o maior porcentual de votação (81%).
"Vou viajar por uns cinco dias, para descansar um pouco e, nos últimos 15 dias antes do segundo turno, estarei de volta para ajudar os candidatos do PSDB e dos partidos aliados, seja no Paraná ou no Brasil", disse Richa, que deve embarcar para os Estados Unidos na próxima quarta-feira. Antes de viajar, porém, o prefeito fez questão de comemorar muito com os eleitores e sua equipe de campanha.
Na comemoração que fez em frente do Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, Beto Richa desabafou. "Fizeram ataques à nossa administração e até ataques pessoais a mim. Mas não precisamos nem nos defender, pois a população nos defendeu. Quanto mais nos atacavam, mais a rejeição dos adversários aumentava. Eles não conseguiram quebrar a sólida administração que fizemos", afirmou o prefeito, que sempre evitou discutir com os opositores.
O tucano, embora não confirme nem negue a vontade de ser candidato a governador do Paraná em 2010, demonstrou durante a festa que pelo menos uma vaidade está tendo ultimamente: a de ficar conhecido nacionalmente como o melhor prefeito do país. "Vamos trabalhar muito e ser a melhor administração do Brasil. Tivemos um índice histórico de aprovação, de 90%, e de votação, 77%. Curitiba, antes, tinha disputas muito apertadas. Por isso vamos continuar nos próximos quatro anos e retribuir a confiança depositada em nós com muito empenho e trabalho."
Durante toda a noite de ontem, após a confirmação da reeleição, Richa esteve sempre acompanhado da primeira-dama, Fernanda Richa, e do vice-prefeito, Luciano Ducci (PSB), que estava entusiasmado com o resultado das eleições. "Demos uma lavada nas urnas", disse ele que, caso o prefeito decida sair candidato ao governo do estado em 2010, assume a prefeitura por dois anos e ainda pode tentar a reeleição em 2012.
"Eu, fico por mais quatro anos. Já o prefeito, fica na chefia do Executivo", afirmou Ducci, que ao ser perguntado em qual Executivo seria, se o municipal ou o estadual, apenas sorriu. "Só sei que é no Executivo."
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