Os produtos mais encomendados pelos candidatos em época de campanha são camisetas, cheveiros, canetas e bonés. Mas lixas e relógios de parede também tiveram muita saída nas últimas campanhas.
Nas eleições municipais de 2004, o então candidato a vereador de Curitiba Aladin Luciano (PV) fez campanha levando lixas de unha de plástico que fizeram muito sucesso entre as eleitoras. "Prefiro o convencimento através da palavra, mas elas pediam muito as lixas", conta o vereador eleito, que estuda a possibilidade de se candidatar a deputado estadual e gostaria que os brindes fossem proibidos. "Em partido pequeno como o meu, ter que fazer brinde é muito custoso e sempre ficamos atrás dos mais ricos que fazem milhares de bonés, camisetas e chaveiros", diz. Aladin gastou em 2004 R$ 12 mil para sua campanha. Em lixas, investiu R$ 450 para 1.500 peças.
O deputado estadual Mauro Moraes (PMDB) investiu perto de R$ 50 mil em brindes na última campanha para deputado estadual. "Acho a lei necessária para o equilíbrio entre os candidatos. O problema é que se o brinde é liberado, todo mundo dá e se você não der, fica para trás", diz Moraes. Ele costuma dar réguas, chaveiros e camisetas, mas nas eleições para prefeito em 2004 também distribuiu relógios de parede. "Tinha adversário meu entregando relógio na região que tenho base eleitoral. Nessas horas não adianta ter bom trabalho. Tem que chegar no mesmo nível do adversário", disse. (DN)