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"Não é fazendo beicinho que vão impedir o exercício dessa designação conferida pelo governador."

De Doático Santos, entusiasmadíssimo com a nomeação informal para fiscalizar o prefeito Beto Richa.

Quem manda no PMDB nacional? Vamos lá a alguns nomes mais proeminentes e influentes: José Sarney, Renan Calheiros, Michel Temer, Orestes Quércia, Jader Barbalho...

O poder de manobra dessa turma precisa ser levado em conta quando alguém se aventura a determinar posições dentro do partido ou a alçar vôos mais altos. Sem o beneplácito deles, nada feito.

Pois bem: Roberto Requião acha que pode lançar seu nome como candidato da sigla à Presidência da República na sucessão de Lula, em 2010, a despeito das mais que conhecidas resistências que esse grupo impõe ao seu nome.

Como primeiro passo para colocar em andamento o projeto presidencial, neste fim de semana Requião começa a cabalar a simpatia dos outros cinco governadores peemedebistas eleitos no mês passado, em reunião convocada pelo de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, em Florianópolis.

O encontro não é para tratar desse assunto, mas para firmar a posição do grupo em relação à participação dos estados governados pelo PMDB no novo mandato de Lula. Em todo caso, a oportunidade se lhe afigura boa para dar a largada na campanha.

Não se sabe até que ponto o apoio (?) dos seus colegas vai contar nessa história toda. Mas sonhar não é proibido. Trata-se, no entanto, de um sonho antigo. Já em 2002, Requião quis ser o candidato do PMDB, mas o partido sequer colocou seu nome nas deliberações. Preferiu apoiar José Serra, indicando Rita Camata para vice.

Sua vontade já era tanta naquela ocasião que chegou a apelar insistentemente à Justiça Eleitoral e ao próprio Supremo Tribunal Federal (STF) para que o partido reconsiderasse sua posição e colocasse sua candidatura em votação. Não adiantou. Foi, então, que reduziu seu sonho ao governo do Paraná. E aqui venceu.

O Iapar que se cuide

O caso da desapropriação da fazenda Syngenta fez o governo do estado reanimar sua campanha contra os produtos transgênicos. Ontem, o Palácio Iguaçu se rejubilava com os 170 e-mails que teriam chegado ao Palácio Iguaçu em apoio à decisão de impedir a continuidade das pesquisas realizadas na área.

Agora só falta o governo determinar ao Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) que jogue fora os mais de dez anos de desenvolvimento em biotecnologia para vários produtos importantes na economia do Paraná.

Por exemplo: já está quase na fase de campo a experimentação com cafés transgênicos. Os resultados são promissores no sentido de agregar qualidade excepcional ao produto, capaz de fazer o Paraná conquistar importante fatia do mercado mundial.

Dá-se o mesmo na área da laranja, com a busca de variedades resistentes ao cancro cítrico – doença que inibe o desenvolvimento do plantio no estado e, conseqüentemente, a ampliação do riquíssimo segmento dos sucos.

Olho vivo

Esperança 1 – O ex-diretor do Detran, Marcelo Almeida, está concentrado na torcida para que o deputado Osmar Serraglio seja nomeado conselheiro do Tribunal de Contas da União. Se isto acontecer, Marcelo, primeiro suplente de deputado federal pelo PMDB, assumirá uma cadeira em caráter definitivo.

Esperança 2 – Mas não está tão fácil. A indicação de Serraglio para o posto depende da boa vontade do PT – coisa difícil de conseguir depois do trabalho que realizou como relator da CPI dos Correios, responsável pela descoberta da ruína ética em que o partido havia se afundado.

Terrorismo – O governador Roberto Requião teria mandado um emissário avisar o prefeito Beto Richa de que pode cancelar alguns convênios firmados entre o governo do estado e a prefeitura de Curitiba. Ontem, durante sepultamento a que compareceu, Beto comentava com um grupo de vereadores que não está preocupado com a ameaça.

Terrorismo 2 – Segundo ele, das obras que realiza em Curitiba, montam a apenas 8% os recursos provenientes do Tesouro estadual. E mais disse: "A população vai ficar sabendo que o governador é contra a cidade."

Emprego em baixa – O Paraná foi o penúltimo colocado dentre os 27 estados na criação de empregos industriais no mês de setembro. Ficou à frente apenas do Rio Grande do Sul. Aqui, o recuo foi de 1,5%, enquanto que na média nacional houve avanço de 0,4%, segundo o último levantamento do IBGE. O salário médio do trabalhador na indústria paranaense caiu 4,9% em um ano. Os números do setor não coincidem com o otimismo do governo estadual em relação ao desempenho econômico do Paraná, que na sua visão só tem melhorado.

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