Lula com a neta Bia durante o Congresso do PT: em defesa do avô.| Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula

Neta mais velha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a estudante de psicologia Maria Beatriz da Silva Sato Rosa, de 20 anos, foi uma das que gritaram “Fora Cunha” e “Fora Levy” no 3.º Congresso da Juventude do PT, em Brasília. Bia, como é conhecida, quer ingressar na carreira política, defende o ex-ministro José Dirceu, preso em Curitiba, diz que a presidente Dilma Rousseff não é culpada pela crise e vê injustiça nos ataques ao avô. “É muito fácil bater só em um”, afirma.

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“São nesses momentos difíceis que vemos os verdadeiros petistas”, diz Bia perguntada se as investigações da Operação Lava Jato afetaram a confiança dos jovens no PT. “Se desistirmos, tudo vai piorar. A gente tem que ir para a rua. Não fugiremos à luta”, completa. Para Bia, o que mais afeta seu avô, “é mexer com os filhos e os netos”. “É muito injusto o que fazem, porque é muito fácil bater só em um. Vejo isso como medo, para tentar enfraquecê-lo. Têm medo de que ele volte.”

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Eleições 2016

Bia nega candidatura na próxima eleição mas promete, “na outra vocês devem ouvir falar mais de mim”. “Sou secretária da Juventude do PT em Maricá (RJ) e estou me preparando para isso”, avisa.

Cunha e Dirceu

Questionada sobre como os jovens militantes do PT se posicionam em relação ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a neta de Lula afirma que ele não a “representa”. “Nem a mim e acho que a quase ninguém do PT, se não todos. Ele deveria renunciar, mas não acho que ele é homem suficiente para isso”, diz.

Sobre Dirceu, Bia afirma que o “companheiro Dirceu foi condenado sendo inocente, assim como muitos do nosso partido”. “Não existem provas concretas. Sou uma eterna defensora dele e do companheiro [José] Genoino. São presos políticos, infelizmente.”

“Fora Levy”

“A mudança pode ser uma solução, até porque o Levy não tem uma política condizente com a nossa, que é voltada para o povo”, diz a estudante. “A gente pode ver, sim, o Meirelles [Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central] como uma solução, mas não sem uma estratégia. O desemprego aumentou, mas é uma crise mundial. A gente não pode culpar a Dilma por tudo.”

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