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“Eu vou manter e reforçar o Bolsa Família porque é uma coisa que funcionou.” José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência | Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo
“Eu vou manter e reforçar o Bolsa Família porque é uma coisa que funcionou.” José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência| Foto: Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo

São Paulo - Em ano de eleições, a principal iniciativa do governo na área social, o Bolsa Família, se tornou intocável. O principal adversário da pré-candidata do governo, Dilma Rousseff (PT), promete dar continuidade ao programa. José Serra (PSDB) tem dado muitas declarações sobre o assunto nos últimos dias.

O tucano tem declarado repetidamente que, se eleito, abraçará a política de transferência de renda do governo Lula. "Eu vou manter e reforçar o Bolsa Família porque é uma coisa que funcionou", disse, ontem, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

O governo Lula, por sua vez, incluirá mais 600 mil famílias, ou 2,4 milhões de brasileiros, como beneficiários em 2010. A orientação para o cadastramento será passada aos municípios pelo Ministério do Desenvol­­­vimento Social na segunda-feira.

Prevendo possíveis críticas da oposição, que no passado classificara a política petista de "assistencialismo", Dilma pretendia adotar na campanha o discurso do desenvolvimento. Mas, ao contrário de críticas, foi o discurso da continuidade que os tucanos abraçaram desde o início – nas eleições de 2006, a coordenação de campanha de Geraldo Alckmin reconheceu que o candidato errou ao declarar "tarde demais" que manteria o programa.

"Me deixa falar sobre um ponto que acho importante. Fui candidato em São Paulo, em 2004, quando a Marta Suplicy (PT) era prefeita", fez questão de colocar Serra, ontem, sinalizando estratégia da oposição. "Ela criou o bilhete único e na campanha dizia ‘se o Serra for eleito ele acaba’. O que eu fiz? Na prefeitura, ampliamos o bilhete para o metrô. Mantivemos o nome dos CEUs, que a Marta criou, e fizemos mais. Se merecer a confiança do povo, vou manter e reforçar o Bolsa Família", declarou.

Petistas

O PT também mudou de estratégia. No discurso que os governistas prepararam para o congresso petista, em fevereiro, quando confirmada à sucessão de Lula, Dilma prometia um plano de aceleramento econômico para gerar empregos e substituir, gradualmente, as políticas de transferência de renda, como o Bolsa Família. O presidente Lula interveio. E Dilma mu­­­dou o discurso, prometendo aprimorar o programa. Na última terça-feira em Forta­­­leza, a pré-candidata já se re­­­fe­­­­ria ao Bolsa Família como o "melhor programa de transferência de renda do mundo".

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