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“Estou conversando com um amigo para fazer minha defesa. Advogado em Brasília é caro, custa R$ 300 mil. Sou do baixo clero”, afirmou  Meurer | Divulgação
“Estou conversando com um amigo para fazer minha defesa. Advogado em Brasília é caro, custa R$ 300 mil. Sou do baixo clero”, afirmou Meurer| Foto: Divulgação

De volta ao Congresso Nacional após a divulgação da lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, os deputados investigados pelo Ministério Público no caso da Petrobras buscaram se explicar. Ex-líder do PP e apontado pelo doleiro Alberto Youssef como beneficiário de prestações mensais de recursos passados ao partido, Nelson Meurer (PR) reagiu com indignação e afirmou que integra o chamado baixo clero. Ele é citado por Youssef na pequena lista de líderes que teriam recebido entre R$ 250 mil a R$ 500 mil mensais.

“Não cometi qualquer irregularidade. E por enquanto o que temos é apenas o inquérito, uma investigação. E mesmo que conclua que deva ser aberto processo, ainda serei julgado. Não posso ser prejulgado como alguns órgãos de comunicação fazem”, disse Meurer.

Sobre contratar advogado, afirmou: “Estou conversando com um amigo para fazer minha defesa. Advogado em Brasília é caro, custa R$ 300 mil. Sou do baixo clero”, afirmou Meurer. O parlamentar diz que seu partido, o mais atingido pelas denúncias, irá resistir às investigações. “O partido é maior que isso. Vai sobreviver”.

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Renato Molling (PP-RS) usou a tribuna da Câmara para fazer sua defesa. Ele está entre os vários parlamentares do PP citados por Youssef que, “com certeza”, teriam recebidos recursos do suposto esquema. Molling e outros estão na lista dos deputados que recebiam prestações mensais de valores bem menores que os líderes do partido.

“Não compreendo meu nome nessa lista. Não conheço e nem nunca passei perto desse senhor Alberto Youssef. Meu nome foi citado nem sei porque. Desde já disponibilizo todos os meus sigilos e estou à disposição para prestar meu depoimento”, disse Molling.

Ele negou que recebia repasses mensais sistemáticos e que o partido lhe repassou apenas recursos em época de campanha. Ele recebeu do partido, na sua campanha de 2010, R$ 200 mil, e, em 2014, R$ 800 mil.

O ex-ministro das Cidades Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), também investigado, disse estar tranquilo e diz achar bom que sejam investigados mesmo. “Um homem público tem que agir com transparência e se pairar qualquer dúvida, que seja investigado. Estou sereno e tranquilo, mas gostaria que esse procedimento se desse rápido, para não ficar tão exposto. Tudo que está acontecendo, na verdade, é muito ruim para o país, que vive um momento político delicado”, disse Aguinaldo Ribeiro, ao GLOBO, durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O deputado Waldir Maranhão (PP-MA), também investigado, afirmou que o andamento da apuração no STF e o número de parlamentares atingidos não irão paralisar os trabalhos da Câmara. Ele é o 1º vice-presidente da Câmara. “Estou tranquilo. Os trabalhos da Câmara continuam normalmente. Em relação a mim, por enquanto, há apenas pedido de diligências, que pode não virar inquérito. Estou com a consciência tranquila e certo que a verdade irá prevalecer”, disse Maranhão.

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