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A mesa-redonda que discutiu a reforma política na noite desta segunda-feira (23) no auditório do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) não deu uma perspectiva muito positiva em relação às propostas existentes, como financiamento público de campanhas, tempo de mandato, voto partidário. O evento foi organizado pelo Instituto Paranaense de Direito Eleitoral (Iprade) em conjunto com o Movimento Paraná Contra a Corrupção e o Instituto Atuação.

"Precisamos fazer uma reflexão mais profunda em relação ao tema, porque nem o cidadão sabe direito o que é a reforma", comentou o senador Sérgio Souza (PMDB-PR), que se mostrou bastante pessimista em relação a qualquer possibilidade de alteração do funcionamento do sistema político. "O Congresso, como está, não vai realizar reforma alguma", chegou a afirmar.

O deputado André Vargas (PT), que também participou do evento, concordou com Souza. "A reforma, como está, não vai a fundo em nenhum tema e é difícil fazê-la", disse. Já o Secretário-Geral do Instituto Paranaense de Direito Eleitoral, Orlando Moisés Pessuti, afirmou que os gritos das manifestações recentes só serão ouvidos no futuro. "Não é porque o povo saiu para rua e quebrou algumas janelas que alguma mudança vai acontecer. Só veremos uma reforma na próxima geração."

Também participaram do evento o deputado federal Marcelo Almeida (PMDB-PR), o presidente do TRE-PR, Rogério Coelho, o promotor de Justiça Armando Sobreiro Neto e o juiz de direito e coordenador do Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral, Márlon Reis.

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