12,6 mil alunos e 1,2 mil funcionários tem a Unespar. A universidade conta com 67 cursos.

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Em meio a muita confusão, a Assembleia Legislativa do Paraná aprovou ontem o projeto do governo que estabelece Paranavaí, no Noroeste do estado, como sede da reitoria da Universidade Estadual do Paraná (Unespar). A proposta dividiu as galerias da Casa entre manifestantes a favor de Paranavaí e outros que defendiam que a sede ficasse em Curitiba, conforme posicionamento do Conselho Universitário da instituição. Entre os manifestantes pró- capital estava o estudante Alysson Bordi, que, depois de um tumulto, foi retirado das galerias e acabou preso pelos policiais militares que fazem a segurança da Casa.

Atualmente, a reitoria da Unespar funciona provisoriamente na Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, em Curitiba. Isso porque a faculdade de Jacarezinho, que era a sede prevista na lei original que criou a Unespar, de 2001, uniu-se posteriormente a outras instituições e formou a Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp).

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O governo então optou por Paranavaí como sede, já que o município foi o único a apresentar contrapartidas: a doação de um prédio para a instituição e o pagamento do custeio da universidade por dois anos – uma economia de até R$ 7 milhões para o estado. A decisão, porém, contrariou a orientação do Conselho Universitário, que preferia Curitiba.

Com as galerias lotadas, Alysson Bordi empunhava um cartaz em que defendia que a autonomia universitária é uma "conquista do sangue inocente derramado pelos mortos pela ditadura militar". Ao ter o cartaz retirado pelos seguranças, o estudante de Psicologia da PUCPR, que é secretário da União Paranaense dos Estudantes, começou a gritar e foi expulso pelo presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB), do plenário.

Mais tarde, enquanto o projeto era votado, ele foi preso e encaminhado à delegacia. Após prestar depoimento, Bordi assinou um termo circunstanciado e foi liberado. No ano passado, o universitário havia invadido o plenário da Assembleia durante a votação do projeto que autorizou o governo a repassar serviços públicos para organizações sociais (OSs).