"Isso aí é que nem briga de casal. Não se pode meter a colher porque eles se acertam e a gente sai mal."
Luiz Carlos Martins, líder do PDT na Assembléia Legislativa sobre os atritos políticos entre o governador Roberto Requião (PMDB) e o vice, Orlando Pessuti (PMDB).
Debutante O presidente estadual do PT, deputado André Vargas, vai debutar na Câmara Federal como relator da medida provisória do governo de regularização fundiária em imóveis da União. O petista, que se despediu em dezembro da Assembléia Legislativa, também está no páreo para relatar uma medida do PAC. "É um bom começo", comemora.
Alçado Após ser preterido como candidato a presidente da Assembléia Legislativa pelo próprio partido, o PMDB, e não ver apoio de partidários para ser o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, o deputado estadual Caíto Quintana está sendo alçado a membro do PMDB estadual na Executiva Nacional do partido. Seria uma espécie de prêmio de consolação a Quintana, que está em seu sétimo mandato como parlamentar e foi por duas vezes chefe da Casa Civil do Paraná.
Criminalidade O jurista René Dotti disse que tem analisado a situação da criminalidade no Paraná e tem percebido que os "cidadãos não estão tranqüilos quando a multiplicação do crimes no Paraná possa ter como causa, próxima ou remota, um confronto entre instituições". A análise do advogado se dá em relação à pendência que está havendo entre o Ministério Público Estadual e a Secretaria Estadual de Segurança quanto ao retorno do secretário Luiz Fernando Delazari ao cargo de promotor de Justiça. "E digo isso como advogado e cidadão".
Interno O advogado Cid Campêlo Filho afirmou que considera errônea a posição do secretário estadual de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, de recorrer ao Tribunal de Justiça (TJ) para tentar protelar seu retorno à função de promotor de Justiça. "O procurador-geral de Justiça negou o pedido de licença particular ao Delazari justificando que havia falta de funcionários no Ministério Público (MP). Portanto, não caberia ao TJ analisar esse caso, já que foi uma decisão do corpo interno do MP", disse, lembrando que o Conselho Nacional do MP não permite promotores em cargos no Executivo e que, mesmo licenciado, Delazari "não deixa de ser promotor".
Nepotismo 1 O PPS vai encaminhar ao Conselho Nacional do Ministério Público uma representação contra a promotora de Justiça Terezinha de Jesus Signorini e o procurador-geral de Justiça do Paraná, Milton Riquelme de Macedo. A ação é motivada pelo fato de Terezinha ter dado como justificativa para não investigar o nepotismo no governo do Paraná a tramitação de uma ação popular sobre o assunto na 1.ª Vara da Fazenda Pública.
Nepotismo 2 O advogado do PPS, Luiz Fernando Pereira, afirmou que tal justificativa é sem valor, uma vez que nem o mesmo mérito estaria sendo questionado na ação popular e na possível ação civil do Ministério Público Estadual (MPE). "Pedimos uma ação ao Ministério Público Estadual mais abrangente. A ação popular é contra o governador Roberto Requião (PMDB) e a primeira-dama, Maristela Requião".
Moral Deputados do PMDB analisam que está havendo um enfraquecimento do vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) pelo fato de ele estar se destacando como possível sucessor do governador Roberto Requião (PMDB). Primeiro, por pouco Pessuti não perde a vice na chapa do governador, na eleição de outubro. Depois, perde força na Secretaria da Agricultura, com a retirada de um aliado seu do cargo. E agora, será um coordenador dos programas de governo, mas sem autonomia nos projetos.
Principal O deputado e líder do PMDB na Assembléia Legislativa, Waldyr Pugliesi, analisa que muitas vezes é necessário abrir mão de objetivos para que o governador Roberto Requião alcance os dele. "Logicamente o Requião tem objetivos a serem alcançados. E os companheiros têm de abrir mão. O Requião é o quadro principal do partido".
Pinga-fogo
O líder do PT na Assembléia Legislativa, deputado Élton Wélter, está sofrendo pressão da sociedade civil organizada. Ele colocou a filiação ao PT como pré-requisito para a contratação de funcionários para seu gabinete. É preciso estar há dois anos no partido e com a mensalidade em dia. Isso gerou uma interpretação de que pode estar havendo discriminação por parte do petista. Nos próximos dias deve haver reuniões de alguns setores para debater o assunto. Na Câmara Municipal de Curitiba, alguns vereadores reclamaram da matéria publicada pela Gazeta do Povo na quinta-feira dizendo que o prédio estava fechado. Os vereadores Nely Almeida e Mário Celso Cunha, os dois do PSDB, afirmaram que passaram a tarde em seus gabinetes. O líder do prefeito, Mário Celso Cunha (PSDB) achou curioso que, ao contrário do que acontece nas outras, não há nomes disputando a Comissão de Participação Legislativa, que foi criada no ano passado para aumentar a participação popular na Câmara.
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