"Deixa a imprensa trabalhar."
André Vargas, presidente estadual do PT, fazendo trocadilho com o bordão de campanha de Lula (PT) e os atritos do governador Roberto Requião com jornalistas.
Decidido O deputado estadual Nélson Justus (PFL) diz que vai ser candidato a presidente da Assembléia mesmo que o PMDB lance um nome. "Sou candidato com ou sem o PMDB. Vários companheiros disseram que é a minha hora." Ex-presidente da Casa, Justus é aliado do governador e está em campanha pedindo votos dos deputados. Ele disse ser contra a presidência ficar nas mãos do PMDB só por ser o partido do governo.
Força Para os deputados do PMDB, Justus tem o direito de querer disputar, mas o partido não vai abrir mão da presidência para ninguém. "Pode ter meia dúzia de candidatos, mas vai ganhar quem tiver mais apoio", avisa o líder do PMDB e pré-candidato, Antônio Anibelli. Além dos 17 deputados da bancada, o PMDB contabiliza que terá o voto da maioria da Casa.
Unidos Enquanto o PMDB procura um nome para a presidência da Assembléia, os outros partidos começaram a se organizar. O deputado Élton Wélter (PT) diz que está sendo formado um bloco de 11 deputados do PT, PL, PTB e PV para jogar fechado na eleição da Mesa Executiva.
Espertos O deputado estadual Alexandre Curi (PMDB) alerta os colegas para que todos fiquem atentos às costuras das bancadas. "Se ficarmos sozinhos, os outros se unem e fazem o presidente", diz. Para ele, o atual presidente Hermas Brandão (PSDB) terá papel decisivo no processo de eleição do seu sucessor.
Por fora O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Durval Amaral (PFL), considera muito provável o PMDB eleger o presidente, mas se "brigar muito" pode sobrar para alguém de fora. Para o deputado, a articulação de agora vai enfraquecer com o Natal e Ano Novo e a eleição só será definida na hora da votação, no dia 2 de fevereiro.
Reforço A Assembléia Legislativa aprovou ontem, em segunda discussão, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do governador Roberto Requião (PMDB), que eleva de 25% para 30% os gastos do estado com educação. Com a mudança, o Paraná será o segundo estado a estabelecer um gasto obrigatório na área superior aos 25% previstos na Constituição Federal. O primeiro a adotar a medida foi São Paulo.
Prestação O alto valor em gastos declarados ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) garantiu ao deputado estadual eleito Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) o segundo lugar no topo de gastos com a campanha eleitoral entre os parlamentares que assumirão o mandato no ano que vem. A prestação de contas do parlamentar, que não pôde ser acessada na última segunda-feira, já está disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), assim como o relatório de gastos do deputado estadual reeleito Jocelito Canto (PTB).
Doadores Na prestação de contas, Romanelli declarou uma despesa de R$ 840.890,53, o que corresponde a R$10,17 por eleitor. O principal financiador da campanha, de acordo com o relatório, é a Manfimex Importação e Exportação, que ofereceu R$ 450 mil para cobrir os gastos. Entre os doadores constam ainda nomes como o da Bunge Fertilizantes e do ex-candidato a deputado federal Aldair Rizzi.
Gastos O relatório do deputado Jocelito Canto aponta uma despesa de R$ 126.615,50, exatamente o valor declarado na receita. Entre os principais doadores estão a empresa Lorena Materiais de Construção, o Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (Cescage) e Marcelo Augusto Guimarães Roth.
Falha Das prestações de contas dos 54 parlamentares eleitos para o próximo mandato, duas ainda não estão disponíveis no portal: a de Ênio Verri e de Edgar Bueno. De acordo com a assessoria do TRE, o portal do TSE ainda está sendo alimentado, o que pode causar alguns transtornos na hora de verificar os relatórios. A prestação de contas dos candidatos estão disponíveis no site www.tse.gov.br.
Pinga-fogo
Eleito deputado federal, André Vargas (PT) está de malas prontas para Brasília Ele participa amanhã da primeira reunião da nova bancada petista na Câmara Federal O vereador Valdenir Dias (PMDB) disse que vai entrar na Justiça contra Jairo Marcelino (PDT) para cobrar uma dívida O valor da cobrança: uma caixa de cerveja Segundo Dias, ele e Marcelino apostaram quem seria eleito governador do estado "Como o meu governador foi reeleito, quero agora a caixa de cerveja, que vou dividir com outros vereadores", disse o peemedebista, em tom de brincadeira Essa não é a primeira troca de provocação entre os dois parlamentares Foi Valdenir Dias quem enviou uma caixa de lenços para os vereadores aliados a Osmar Dias enxugarem as lágrimas pela derrota no segundo turno.
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