A decisão da Comissão Processante do Conselho de Ética da Câmara de Vereadores de Curitiba sobre o "caso Derosso" poderá ser conhecida somente em 2012. O fato foi admitido pelo vereador Pastor Valdemir Soares (PRB) na manhã desta quarta-feira (16). A Comissão Processante deve decidir pela punição ou não de Derosso.
O vereador João Cláudio Derosso (PSDB), presidente da Casa, é suspeito de favorecer a empresa de publicidade de sua mulher em licitações da Câmara, empregar parentes na Casa de Leis e fazer a contratação irregular de fantasmas da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
Soares e o vereador Dirceu Moreira (PSL) deveriam apresentar os seus pareceres sobre o afastamento nesta quarta-feira, mas não o fizeram. Soares alegou que irá conversar com toda a bancada dos vereadores da situação antes de tomar a decisão. A ideia do vereador do PRB é de que a situação chegue a um consenso. Não há prazo definido para que os dois vereadores tenham de apresentar os votos.
A vereadora Noêmia Rocha (PMDB) apresentou seu voto, em 20 de outubro, e pediu a suspensão de Derosso por 90 dias. Ela é a representante da oposição na comissão.
Se o relatório que prevê o afastamento por 90 dias for aprovado, ainda precisará ser votado em plenário por todos os vereadores.
Pedido de arquivamento
O vereador Dirceu Moreira (PSL) também pediu o arquivamento das investigações sobre os gastos da Câmara Municipal com a impressão do jornal "Câmara em Ação" nesta quarta-feira. O veículo divulgava informações da sobre a Câmara.
Segundo Moreira, não há elementos para comprovar irregularidades. A Câmara Municipal gastou R$ 18,3 milhões com a publicação entre 2007 e 2010. O Tribunal de Contas informou em 29 de outubro que havia indícios de irregularidades.