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Ministro Jaques Wagner: STF deixa o governo respirar mais aliviado nesta fim de ano. | José Cruz/Agência Brasil
Ministro Jaques Wagner: STF deixa o governo respirar mais aliviado nesta fim de ano.| Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro Jaques Wagner (Casa Civil) afirmou na manhã desta terça-feira (22) que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de dar ao Senado a palavra final sobre o impeachment e revogar a comissão criada pela Câmara é “o renascimento do governo Dilma”. Para Wagner, a presidente sai de “um governo perseguido para um governo que ganha certa liberdade para atuar”.

“O STF, como poder mediador, deu a dimensão necessária à magnitude do impeachment. No presidencialismo, o impeachment de um presidente é quase uma pena de morte para o cidadão comum, ainda mais se ocorre sem um rito que não respeita isso”, afirmou, em conversa com jornalistas, no Palácio do Planalto.

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Segundo Wagner, o instrumento impeachment não é “golpe”, sobretudo se for aprovado pelas duas Casas, a Câmara e o Senado. Disse, no entanto, que ele não pode ser banalizado. Na avaliação do ministro, o processo aberto pela Câmara no mês passado contra a presidente Dilma não evoluirá na volta do recesso parlamentar, em fevereiro.

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“O impeachment, em si, não é golpismo. O que pode ser golpe é banalizá-lo e o que o STF fez foi valorizá-lo para a democracia brasileira. Não é golpe se as duas casas acolherem. Agora, pessoalmente acho que no caso da Dilma criou-se a bandeira para depois se buscar uma razão. Diga-se o que quiser da presidente, mas não se dirá que é dolosa no trato da coisa pública, não cola nela”, disse o chefe da Casa Civil.

O ministro afirmou que a mudança na equipe econômica foi boa para o país e para o governo. Na sua avaliação, a economia é movida por “previsibilidade e confiança”: “Tendo uma nuvem cinzenta de instabilidade: vai ficar ou vai sair? [com relação ao ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy]. É um fator desagregador. Como um agente estrangeiro vai vir investir se não sabe que quem está no comando da política econômica ou se ele vai se manter? Acho que é danoso [o que estava ocorrendo]”.

Wagner pediu um voto de confiança da sociedade, do mercado e das empresas ao novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Disse que a nova equipe econômica é “mais harmônica” e que Barbosa não fará “nenhuma loucura”.

“ Se eu pudesse pedir algo, é que não sentenciassem antes que o cara trabalhasse. No Brasil, temos que ter uma certa psicologia. Ninguém [no governo] é suicida. Tem que ter um pouco de aposta, de ajuda, de querer que dê certo. Nelson não vai fazer nenhuma loucura, é um cara equilibrado”, disse Wagner.

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