A escolha do novo líder do governo no Senado deve ficar para janeiro. A possibilidade foi discutida nesta segunda-feira (30) durante reunião entre os líderes da Casa e o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo). A ideia conta com a simpatia da presidente Dilma Rousseff.
Neste cenário, os quatro vice-líderes se dividiriam na função, com a ajuda do atual líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE). Na semana passada, o Palácio do Planalto chegou a anunciar que escolheria um novo nome para o posto no mesmo dia em que o senador Delcídio Amaral (PT-MS) foi preso sob a acusação de obstruir as investigações da Operação Lava Jato .
A rapidez para tomar a decisão seria uma resposta para evitar a paralisação das votações no Congresso, especialmente as relativas às medidas do ajuste fiscal. O adiamento da escolha, por sua vez, passa pela dificuldade de encontrar um nome adequado para a função. Os atuais vice-líderes – Hélio José (PSD-DF), Paulo Rocha (PT-PA), Wellington Fagundes (PR-MT) e Telmário Mota (PDT-RR) – são considerados senadores com pouca influência sobre seus pares.
Outros nomes sondados, como o senador Blairo Maggi (PMDB-MT), não aceitaram o convite. Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), o governo acertou ao adiar a escolha. Ele descarta que o novo posicionamento do Planalto tenha sido fruto da falta de opção. Para ele, a posição reflete o novo momento do governo Dilma, mais aberto ao diálogo e às demandas da base aliada.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura