Ribeirão Preto (SP) - Após meses de negociações, terminou o namoro entre o PT de São Paulo e o deputado estadual Ciro Gomes (PSB-SP), que poderia terminar na candidatura do parlamentar à sucessão do governo paulista. Bastou Ciro chamar o PT em São Paulo de "um desastre", em entrevista do jornal Folha de S.Paulo, para o partido encampar de vez o nome do senador Aloysio Mercadante (PT) para liderar uma frente de oposição que tentará tirar do poder o PSDB, há quinze anos no comando do governo paulista. "É o nome do senador Mercadante que emerge nesse momento", admitiu Edinho Silva, presidente do PT no estado de São Paulo.
Edinho afirmou que ainda aguarda uma retratação, ou mesmo a confirmação, do que chamou de "declaração agressiva e sem sentido" feita por Ciro. "Não faz sentido uma declaração agressiva como essa, justamente quando construímos um processo alternativo para São Paulo, do qual ele era o líder e um nome apoiado pelo PT", disse o presidente do partido. "Se ele quisesse pôr fim ao processo, poderia nos procurar que aceitaríamos sem problemas, mas, sem uma retificação, [o processo] chegou ao final", completou.
As críticas de Ciro ao PT e à possibilidade de sua candidatura ao governo paulista chamada de artificial pelo deputado acabaram ainda com um encontro, previsto para esta semana, no qual os partidos de oposição ao PSDB em São Paulo tentariam convencê-lo a aceitar a disputa. Ciro era esperado para uma reunião com todos os partidos da frente, formada, por enquanto, com PT, PSB, PDT, PCdoB, PTC, PRB, PSC e PTN, mas com possibilidade de adesão de PHS e PR.
Presidência
O deputado do PSB tenta viabilizar a sua candidatura à Presidência desde o ano passado, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem procurado fazer ele desistir dessa ideia. A candidatura de Ciro atrapalharia a ideia de Lula de fazer uma eleição plebiscitária, com a ministra Dilma Rousseff como única candidata da oposição. Para tentar convencer o deputado de desistir de disputar o Palácio do Planalto, o PT paulista vinha negociando com Ciro a possibilidade da candidatura dele ao governo de São Paulo. Mas o deputado resiste à oferta e tem sugerido o nome do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, como candidato ao governo paulista pelo PSB.
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