Brasília e Rio de Janeiro - As manifestações do novo chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general José Elito Siqueira, criaram mal-estar ontem, no Planalto. Na segunda-feira, dia de sua posse, Elito Siqueira se posicionou contra a criação da Comissão da Verdade e disse que os desaparecidos políticos são um "fato histórico" do qual "nós não temos que nos envergonhar ou vangloriar".
A presidente Dilma Rousseff teria reprovado a declaração, claramente contrária à posição de seu governo e do antecessor. Em 2010, o governo Lula enviou projeto de lei ao Congresso de criação da Comissão da Verdade. Segundo o texto, a comissão terá a finalidade de examinar "as graves violações de direitos humanos" na ditadura.
O vice-presidente Michel Temer minimizou os comentários de Elito. Questionado se não era contraditório a presidente, torturada na ditadura, ter como subordinado um general contrário a investigações de torturas, Temer disse que a pergunta deveria ser feita à própria presidente.
O ministro Nelson Jobim (Defesa) limitou-se a dizer que a posição do governo é pela criação da Comissão da Verdade. O general Renato Cesar Tibau da Costa, que preside o Clube Militar, disse, por meio de assessoria, que concorda com o ponto de vista do general Elito.
Alta de preços deteriora popularidade de Lula no Nordeste e impõe desafio para o PT na região
Sob o comando de Alcolumbre, Senado repetirá velhas práticas e testará a relação com o governo
A diplomacia lulopetista se esforça para arruinar as relações Brasil-EUA
TRE-SP cassa mandato da deputada Carla Zambelli
Deixe sua opinião