O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), não escondeu sua surpresa com as declarações de Cesar Maia admitindo a hipótese de o PFL priorizar a eleição de suas bancadas federais em vez de fechar uma aliança nacional. Apesar dos rumores de que o prefeito do Rio teria se irritado com o lançamento da candidatura de Eduardo Paes ao governo do estado, Tasso garantiu que o PSDB apenas levou adiante um acordo que já estava fechado.

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A opção por uma candidatura própria no Rio foi precipitada diante do reforço dos rumores de que ex-governador Anthony Garotinho poderia garantir viabilizar sua candidatura à Presidência da República pelo PMDB, o que inviabilizaria uma aliança com o senador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que disputará o governo estadual.

- No Rio estava definido que, se Cesar Maia não se lançasse candidato, nós estaríamos liberados para lançar um candidato nosso - disse Tasso.

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O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) considerou as declarações do prefeito do Rio inconvenientes:

- A posição de Cesar Maia foi inconveniente. Tudo que se falar nesta hora que não for construtivo é um óbice a mais. Nosso papel não é criar obstáculos, mas evitá-los.

O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), operou como bombeiro na crise com os tucanos, assim como os dois pré-candidatos à vaga de vice na chapa de Alckmin, os senadores Agripino Maia (PFL-RN) e José Jorge (PFL-PE).

- O que Cesar Maia disse não ofende ninguém. Acho que está faltando apenas foco. O nosso interesse maior é ganhar as eleições contra o presidente Lula - garantiu Bornhausen, lembrando que na consulta feita aos governadores, prefeitos de capitais e parlamentares do partido quase todos foram favoráveis à aliança com os tucanos.

Antes de reunião com Bornhausen, Alckmin adiantou sua disposição de negociar e seu otimismo:

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- Em um país continental é natural que nos deparemos com divergências estaduais. Mas nada é insuperável. Política é conversa e vamos conversar.