O juiz Ari Ferreira de Queiroz, da 3ª Vara da Fazenda Pública de Goiânia, decretou a indisponibilidade de quatro veículos de propriedade de Delúbio Soares de Castro, Noeme Diná Silva e Neyde Aparecida da Silva, como garantia para ressarcimento aos cofres do Estado dos valores recebidos por Delúbio enquanto esteve à disposição do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego).
Segundo a sentença, concedida liminarmente, o prejuízo provocado seria da ordem de R$ 160 mil, ganhos durante os nove anos que ele recebeu sem trabalhar.
A sentença foi proferida em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público de Goiás, que imputou a Delúbio e Noeme Diná a prática do crime de improbidade administrativa. Foi considerado que Neyde Aparecida tem a obrigação de reparar o dano em solidariedade a Delúbio, já que, no seu caso, a improbidade foi alcançada pela prescrição.
Ari Queiroz explicou que Delúbio é professor da Secretaria de Educação desde 1974, mas a partir de 1985 esteve sempre licenciado para prestar serviços ao Sintego.
Na ação civil pública, os promotores Marlene Nunes Freitas Bueno, Fernando Krebs e Adriano Godoy Firmino explicam que a irregularidade cometida por Delúbio foi nunca ter sido eleito para cargo diretivo ou executivo do Sintego. "Ele sempre esteve em gozo de licença remunerada com ônus para o erário, embora residindo em São Paulo há 16 anos", escreveram. De acordo com o MP, Delúbio Soares enriqueceu ilicitamente.
De Delúbio Soares está indisponível o Chevrolet Omega CD importado, cor prata, placas DDS 2277, ano 2000, chassi 6G1VX69TOYL620803; de Noeme Diná, um Renault Clio 1.0 16v, cor branca, placas KEU 9476, ano 2003, chassi 93YLB06053J427995, e um Fiat Pálio EX, cor azul, placas KDS 1306, ano 1999, chassi 9BD178296X0882737. De Neyde, está indisponível o Fiat Pálio Weekend Flex, cor vermelha, placas NGY 1310, ano 2004, chassi 9BD17309C54122281.
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