O advogado Antenor Demeterco Neto, que participou da defesa do ex-prefeito Cassio Taniguchi (PFL) no processo que investigou as primeiras denúncias de caixa 2, feitas em 2001, informou ontem à Gazeta do Povo que estuda a possibilidade de entrar com uma ação disciplinar na Ordem dos Advogados do Brasil contra o advogado de Silvia Pfeiffer, Luiz Fernando Comegno, e também com um processo na Justiça comum contra a cliente dele.

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Na terça-feira, os dois entregaram ao Ministério Público Estadual documentos que segundo eles comprovariam a existência de um caixa 2 na campanha do ex-prefeito à reeleição, em 2000.

"O material divulgado na imprensa estava sob sigilo profissional, pois fazia parte da estratégia de defesa dos advogados do prefeito na época", comentou. "Eram relatórios incompletos e inconclusivos, que nem chegaram a ser utilizados. De qualquer maneira, esses documentos não poderiam ter sido divulgados." Quem também deve partir para o ataque contra Silvia Pfeiffer é o seu ex-sócio, o ex-secretário de Finanças e Urbanismo de Taniguchi, Carlos Alberto Carvalho, que prometeu ingressar com uma ação por danos morais.

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Erramos

Diferente do que foi publicado ontem, o inquérito 2003.70.00041489-2, movido pelo Ministério Público Federal contra Cassio Taniguchi, foi arquivado em 27 de janeiro de 2004. Também foi divulgado de forma incorreta o objeto do processo – ele não foi aberto para apurar denúncias de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, mas para investigar a origem do dinheiro utilizado na campanha eleitoral de 2000, pois havia denúncias de captação indevida de recursos.

Segundo outro dos advogados de Taniguchi naquele processo, Renato Andrade, o processo foi arquivado porque ficou demonstrado que não havia qualquer origem ilícita no dinheiro arrecadado.