Os advogados de Sales e Batista sinalizaram que pretendem defender durante o julgamento a tese de que foi a própria irmã Dorothy quem provocou sua morte. Segundo eles, ela seria inimiga declarada de fazendeiros, grileiros de terras e madeireiros da região e com isso teria atraído o ódio de todos. A tese, conhecida em Direito por vitimologia, será reforçada com antecedentes criminais da missionária.
Os outros três réus no caso, os fazendeiros Vitalmiro Bastos Moura, o Bida, e Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, acusados de encomendar o crime, e Amair Feijoli da Cunha, o Tato apontado como intermediário, serão julgados somente em 2006. Eles ainda aguardam o julgamento de recursos que tramitam no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF) contra decisão da justiça paraense de mandá-los a júri.
Meses antes de morrer, a missionária denunciou o que chamava de cumplicidade da polícia de Anapu e Altamira com os grandes latifundiários da Transamazônica. E o exemplo que sempre apontava era um inquérito policial em que foi indiciada por homicídio, formação de quadrilha ou bando, porte ilegal de arma e alteração de limites. O homicídio ocorreu num confronto entre posseiros de Anapu e seguranças de uma fazenda, no final de 2003.
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