Depois que José Dirceu foi citado novamente em depoimento pelo lobista Fernando Moura, a defesa do petista afirmou que não vê credibilidade no delator. A afirmação foi dada à reportagem pelo advogado do petista, Roberto Podval nesta quinta-feira (4).
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Segundo Moura, Dirceu, que era ministro da Casa Civil no governo Lula, acertou a nomeação de Dimas Toledo à diretoria de Furnas para contemplar uma indicação do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Haveria, de acordo com o delator, um esquema de propina semelhante ao da Petrobras e Aécio, que fez a indicação, receberia um terço do dinheiro desviado.
O depoimento foi dado nesta quarta (3) por Moura à Justiça. O PSDB e a defesa de Dimas Toledo negam as afirmações do delator.
Moura também disse que o núcleo político de José Dirceu recebia propina no valor de 1% dos contratos fechados com a diretoria de Serviços da Petrobras, comandada por Renato Duque. Outro 1% iria para o núcleo nacional do PT, aos cuidados de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido, e outro 1% iria para Renato Duque e Pedro Barusco, gerente da diretoria de Serviços.
A defesa de Dirceu argumentou que o próprio delator admite que não entregava o dinheiro.
Podval, que estava presente do depoimento, conseguiu que o lobista explicasse que os valores do esquema eram recebidos de empreiteiras e que a distribuição era feita pelo lobista Milton Pascowitch.
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