João doria e Wanderley Silva
Além do promotor Cassio Conserino, os advogados de Lula também estudam processar o empresário paulista João Doria e o lutador paranaense Wanderley Silva. Doria chamou o ex-presidente de “sem-vergonha”, em entrevista na semana passada. Silva compartilhou uma foto em que supostamente um dos filhos de Lula estaria abastecendo um iate e, na legenda, questiona “de onde vem todo o dinheiro” para que ele tenha “iates, aviões e fazendas”.
Depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizer em entrevista a blogueiros que “daqui para a frente” iria “processar todo mundo”, na última quinta-feira (20), seus advogados examinam medidas judiciais contra o promotor Cassio Conserino.
O promotor, que alega estar apenas dando transparência a um caso de interesse público, investiga o apartamento tríplex reservado ao ex-presidente na praia de Astúrias, no Guarujá, cidade do litoral de São Paulo. Ele afirma que já tem indícios suficientes para apresentar denúncia por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio contra Lula.
Em nota intitulada “violência contra Lula, o promotor anuncia denúncia sem ouvir defesa”, O Instituto Lula nega que o ex-presidente e sua família tenham cometido os crimes e acusa Conserino de violar a lei e o estado democrático de direito ao anunciar, via imprensa, que pretende denunciar o petista antes mesmo de ouvir a defesa. A intenção do promotor foi divulgada em entrevista à revista Veja.
Conserino, também por meio de nota, negou ter antecipado a decisão. Segundo ele, as evidências abrem a “possibilidade” da denúncia.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, o promotor defendeu o direito dos promotores de darem transparência a inquéritos de alto interesse público.
“Informar a sociedade sobre uma investigação de evidente interesse público, por meio de uma imprensa livre, não me parece violar a lei, especialmente porque o sigilo da investigação foi baixado. Além disso, somos promotores de Justiça e trabalhamos em prol e para a sociedade, que merece tomar ciência de investigações dessa envergadura”, disse ele.
A nota do Instituto Lula também faz menção à revista Veja, que, na sua avaliação, “utilizou a entrevista do promotor para mais uma vez ofender e difamar o ex-presidente Lula e será objeto de nova ação judicial por seus repetidos crimes”.
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