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O advogado Marcelo Leonardo, que representa o publicitário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza, e o Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais negaram ontem que o ex-lobista apontado como principal operador do mensalão esteja negociando um acordo de delação premiada que possa levar a novas provas do processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

A notícia da suposta negociação visando a delação premiada – um acordo entre acusação e defesa que permite a redução ou isenção da pena em troca de novas informações – foi publicada ontem pelo jornal Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, os entendimentos são mantidos em sigilo.

O MPF informou ontem que desconhecia qualquer negociação nesse sentido. O advogado de Valério também negou. "Não tem nenhuma negociação, nenhuma conversa sobre isso", afirmou Marcelo Leonardo, observando que é o advogado que "com exclusividade faz a defesa de Marcos Valério no âmbito criminal".

Extorsão

Valério voltou a frequentar o noticiário recentemente. Segundo notícia que circulou na imprensa de Minas Gerais, o publicitário estaria sendo vítima de extorsão do Primeiro Comando da Capital (PCC) depois de sofrer agressões durante o período em que esteve encarcerado na Penitenciária de Tremembé, em São Paulo. Valério teria sido espancado e que teria necessitado recorrer ao PCC para sair da cadeia com vida. Conforme a versão, nos 98 dias em que esteve preso, Valério teria passado dez dias num regime especial de reclusão, numa cela que foi aberta quatro vezes por detentos que o agrediram em busca de informações sobre o paradeiro de um DVD, supostamente contendo revelações capazes de "derrubar" a República.

Valério ficou preso de outubro do ano passado a janeiro deste ano. Ele foi detido durante a Operação Avalanche, da Polícia Federal – que investigou uma suposta trama para desmoralização de dois fiscais de tributos estaduais de São Paulo que autuaram em R$ 105 milhões uma cervejaria, cujo presidente é amigo do lobista mineiro. Foi solto por um habeas corpus.

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