A defesa da empresária Mônica Moura, mulher e sócia do publicitário João Santana, divulgou nota nesta segunda-feira (25) afirmando que não existe acordo de colaboração assinado com o Ministério Público Federal (MPF).
No domingo (24), o jornal “O Globo” relatou que Mônica afirmou, na negociação de sua delação, que o ex-ministro Antonio Palocci articulou pagamentos à empresa dela por meio de caixa dois em campanhas eleitorais do PT.
A nota, assinada pelo advogado Juliano Campelo Prestes, diz que as únicas declarações oficiais dadas por ela foram em depoimento à Polícia Federal em fevereiro, logo após ser presa.
“A defesa lamenta profundamente a veiculação de seu nome junto a especulações de fontes anônimas. Esse tipo de atitude, além de difundir informações completamente inverídicas ao público, sem qualquer benefício social, possui um efeito nocivo a todos os citados”, diz o advogado na nota.
A Folha de S.Paulo apurou que o acordo de colaboração ainda está em negociação com o Ministério Público, sem previsão da assinatura.
Mônica e João Santana foram presos em fevereiro, na fase “Acarajé” da Operação Lava Jato, sob suspeita de terem recebido pagamentos de caixa dois em contas secretas no exterior.
Confira a íntegra da nota:
“A defesa de Mônica Regina Cunha Moura esclarece, em relação às recentes informações veiculadas na imprensa sobre o suposto acordo de colaboração premiada, junto à d. Procuradoria Geral da República em Brasília, que não existe qualquer acordo de contribuição firmado com o MPF. Ademais, as únicas declarações concedidas pela Sra. Mônica foram perante a Autoridade Policial em Curitiba no dia 24.02.16, onde prestou os esclarecimentos de forma oficial no respectivo inquérito policial.
A defesa lamenta profundamente a veiculação de seu nome junto a especulações, de fontes anônimas. Esse tipo de atitude, além de difundir informações completamente inverídicas ao público, sem qualquer benefício social, possui um efeito nocivo a todos os citados.”
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