A defesa de Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, vai solicitar à Controladoria-Geral da União (CGU) que investigue a origem de todas as nomeações políticas no governo. Rosemary se tornou um dos alvos da investigação deflagrada pela operação Porto Seguro, da Polícia Federal, sobre um esquema de venda de pareceres e tráfico de influência no governo.
Ela é responsabilizada pela nomeação de dois diretores de agências reguladoras acusados, com ela, de comandar o esquema de corrupção. Indiciada por formação de quadrilha, Rosemary foi exonerada do cargo em dezembro. Mesmo assim, o governo abriu uma comissão de sindicância para investigar administrativamente sua conduta.
A defesa tenta demonstrar que toda nomeação depende de um "colchão de apoio político e institucional". "Quem sabe a CGU não vai desencadear novas sindicâncias contra outras autoridades, partindo dos mesmos critérios usados em relação a Rosemary?", diz o advogado Fabio Medina.
A revista Veja desta semana trouxe conteúdo de relatório do governo que embasou a abertura de processo disciplinar. O documento detalha como Rosemary se beneficiava de sua relação de intimidade com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A defesa de Rosemary no processo administrativo deve ser entregue à CGU até quinta-feira. A CGU informou que não irá divulgar cópia da sindicância contra Rose porque o documento consta de processo em tramitação.
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