A defesa do empresário e sócio da Corretora Bônus Banval Enivaldo Quadrado pediu nesta quinta-feira (9) que os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) sejam "técnicos" no julgamento do mensalão.
Ao longo de quase 50 minutos de argumentação, o advogado Antonio Carlos Pitombo afirmou que a denúncia do Ministério Público Federal criou "armadilhas" para os ministros ao tentar sustentar os crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Para a defesa, qualquer corretora estaria sujeita à denúncia de lavagem de dinheiro na situação vivenciada pela Banval. Ele negou que a corretora fosse de fachada e que "ninguém poderia evitar o que aconteceu".
"Qual é a instituição financeira que teria percebido que esses valores poderiam ter origem ilícita? Quando esse dinheiro chega, já chegou com a aparência de legítimo", afirmou.
O advogado disse que seu cliente não tinha condições de saber se os recursos teriam origem irregular.
Pitombo destacou ainda que a denúncia do Ministério Público só foi possível porque a Bônnus Banval realizou uma auditoria e tinha um controle rigoroso das atividades.O argumento é semelhante ao utilizado pelo Banco Rural, acusado de injetar R$ 32 milhões no esquema por meio de empréstimos fictícios.
Pela acusação, Quadrado recebeu R$ 11 milhões do valerioduto para repassar o dinheiro a pessoas ligadas ao PP. Ele responde por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
"É fácil lavar dinheiro em corretoras de valores? É o lugar que vamos escolher para lavar o dinheiro? A Bônus-Banval deixou de fazer sua contabilidade? Pelo contrário."O advogado sustentou ainda que "algumas versões ditas na acusação são teatro do absurdo ionesco [referência ao dramaturgo Eugène Ionesco]."
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