A defesa de Suzane von Richthofen, que foi condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, o casal Manfred e Marísia von Richthofen, deve apresentar na segunda-feira, dia 6 de novembro, um novo pedido de habeas corpus em favor da jovem ao Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o advogado Denivaldo Barni, o pedido está baseado da decisão do ministro Marco Aurélio Melo, favorável à libertação de Suzane, em um outro pedido de habeas corpus. O voto do ministro foi vencido em sessão da 1ª Turma do STF em meados de setembro. Suzane cumpre pena atualmente na penitenciária feminina de Tremembé, no interior de São Paulo. Com o recurso, a defesa quer que Suzane aguarde em liberdade o julgamento do crime em todas as instâncias.
Segundo Barni, outros recursos à condenação estão em andamento. No Tribunal de Justiça de São Paulo, correm dois processos, um pela anulação do julgamento e outro pela redução da pena.
- O processo que pede a redução da pena deve ser votado em uns três meses - afirma outro advogado da jovem, Mauro Nacif, que se diz confiante em um parecer favorável.
- Se conseguirmos a redução para 22 anos, ela já será candidata ao regime semi-aberto, por já ter cumprido um sexto da sentença - diz Nacif.
Herança
No último dia 13 de agosto, Suzane von Richthofen confirmou à Justiça que vai continuar na disputa pelos bens deixados por seus pais, mortos em outubro de 2002, enquanto dormiam. De acordo com o advogado de Suzane, Denivaldo Barni, ela desistiu da renúncia à herança, feita durante o julgamento, devido a irregularidades no inventário. Há cerca de 15 dias, Barni afirma que pediu à Justiça para indicar um inventariante para o caso.
Ele alega que o espólio da família não está sendo bem administrado por Andreas von Richthofen, irmão de Suzane.
- No inventário, ainda foram arrolados bens pessoais da Suzane, como o carro, documentos e roupas. Além disso, um sítio da família, em Ibiúna, não consta do processo. Até mesmo o erário público está sendo lesado, já que os impostos referentes a essa propriedade não estão sendo pagos - afirmou Barni em agosto.
Durante o julgamento, no ano passado, ela chegou a afirmar que queria apenas gerir melhor os bens, que, estima-se, somam R$ 2 milhões. Para o advogado, resolvida a questão do inventário, Suzane pretende ficar apenas com um apartamento que pertenceu a avó paterna, um carro (que ela usava na época do crime), além de roupas e documentos.
Indenização
Suzane ainda move dois processos contra o estado. De acordo com reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", Suzane pede, no total, R$ 950 mil em indenização. Seriam 500 salários mínimos, o equivalente a R$ 190 mil, por ter sido ameaçada por presas, durante uma rebelião na Penitenciária Feminina de Sant'Anna, na capital. Na segunda ação, a defesa argumenta que Suzane foi obrigada pela diretora-geral de um presídio no interior a dar entrevista coletiva. Neste processo, o valor pedido de indenização é de 2 mil salários mínimos, cerca de R$ 760 mil, pelos danos morais e materiais.
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