Os medicamentos que regulam humores ou disfunções do comportamento explodiram nos anos 80 e foram disseminados nas últimas décadas. Entusiasta do uso com responsabilidade desses medicamentos, o humorista Chico Anysio coloca o preconceito contra quem usa no patamar das ignorâncias humanas. "Faço terapia e gosto muito. Mas, sem os remédios, não dá. Eles são uma conquista de nosso tempo. Se estivesse vivo Freud teria de rever algumas de suas teorias – e provavelmente tomaria algum também." Os médicos, no entanto, advertem: os consumidores estão certos em combater o preconceito, mas é preciso ter cuidado com o risco de uso indiscriminado. "Sou médico e prescrevo remédios. Mas é preciso ver que as pessoas viveram até hoje sem tomar e a maioria delas não precisa", diz o psiquiatra Alexandre Saadeh, professor da PUC/SP.

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