Luiz Antônio de Souza é considerado peça principal nas investigações da Receita.| Foto: Paulo Pepeleascov/Divulgação

Considerado o principal delator do esquema de corrupção na Receita Estadual, o auditor fiscal Luiz Antônio de Souza abre nesta segunda-feira (7) os depoimentos dos réus denunciados na primeira fase da Operação Publicano.

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O advogado Eduardo Duarte Ferreira, que defende Souza, adiantou que seu cliente deve confirmar o que havia dito anteriormente para o Ministério Público do Paraná (MP-PR), além de repassar novas informações sobre a suposta associação criminosa formada por auditores, empresários e contadores para facilitar a sonegação fiscal, com o pagamento de propina.

R$ 915 milhões

Esse é o valor que a Receita Estadual lavrou em autuações a empresas do Paraná que teriam pago propina para sonegar impostos. O balanço parcial foi feito no mês passado pela Corregedoria-Geral do órgão.

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“Ele [Souza] tem informações guardadas na memória. Vai dizer, perante todos, o que aconteceu efetivamente na Receita Estadual do Paraná”, disse o advogado.

Para o advogado Douglas Maranhão, que defende o casal de auditores Márcio de Albuquerque Lima – apontado pelo MP como líder da organização criminosa dentro da Receita Estadual – e Ana Paula Lima, está se dando muita importância para o depoimento do delator. “Trata-se da continuidade das audiências”, afirmou.

Propina

Entre as denúncias do auditor fiscal Luiz Antônio de Souza está a de que dinheiro de propina teria supostamente abastecido a campanha de reeleição do governador Beto Richa. O PSDB diz que todas as doações de campanha foram legais.

Nova ordem

Quem também vai ser ouvida nesta etapa de audiências é a irmã de Luiz Antônio de Souza, a auditora fiscal Rosângela Semprebom, que também firmou acordo de delação premiada com o MP. Seu depoimento está marcado para terça-feira (8).

Essa fase dos depoimentos está programada para terminar no dia 15 do próximo mês. A expectativa é de que as sentenças sejam aplicadas ainda neste semestre.

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73 pessoas

foram denunciadas por crimes como corrupção ativa, corrupção passiva tributária, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Dessas, cinco tiveram a suspensão condicional do processo.