A prisão de Luiz Antônio de Souza, então inspetor regional de fiscalização da Delegacia da Receita Estadual em Londrina, representou um salto de qualidade nas investigações do suposto esquema que funcionaria pelo menos desde 1985 na Receita Estadual: “Nós fazíamos uma radiografia da organização criminosa de fora para dentro”, conta Renato Lima Castro, um dos promotores que atua nas investigações.
Além da prisão, a operação do dia 13 de janeiro garantiu também a apreensão de diversos documentos, dentre os quais um arquivo de computador chamado “lista das empresas trabalhadas”, na qual eram relacionados quais auditores tinham sido escalados para fiscalizar quais empresas. A expressão “trabalhadas”, no sentido usado pelos auditores, significa cobrar propina, segundo os investigadores.
Souza negociou um acordo de delação premiada a partir de maio. Segundo o promotor, o delator trouxe nomes e “detalhamento muito importante e que foram confirmados”.