O auditor fiscal Luiz Antônio de Souza, que colabora com as investigações do Gaeco na Operação Publicano, volta a prestar nova bateria de depoimentos nesta semana. Ele deve falar sobre o conteúdo de um pen drive que está entre os materiais apreendidos ainda em janeiro. O pen drive detalha quem recebeu, de quem recebeu e quanto recebeu de propina.
Novas empresas, que até aqui tinham passado ilesas pelo radar das investigações, aparecem nesses arquivos. O fato de o Gaeco ter convocado o delator para novos depoimentos é sinal de que a análise do pen drive está na reta final. Os arquivos que interessam o Gaeco e que podem mostrar o mapa da mina têm duas linhas de denominação: “cara” e “kara”.
Juiz exclusivo
O promotor Renato Lima Castro defendeu discretamente, na semana passada, a ideia de que a Operação Publicano tenha um juiz exclusivo para lidar com esses processos, fechando a sua pauta e se debruçando exclusivamente sobre esse caso. É um modelo semelhante ao da Operação Lava Jato, na qual já existem diversas decisões de primeiro grau. A medida depende da boa vontade do Tribunal de Justiça, que, para deixar um juiz exclusivo para a Operação Publicano, teria que nomear um juiz auxiliar para lidar com os outros processos da 3ª Vara Criminal.
A tese do juiz exclusivo para a Publicano é facilmente justificável: o que está sendo investigado é relevante e o desfecho rápido desses processos é de interesse de toda a sociedade paranaense.
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