O secretário de Estado da Segurança Pública ganhou mais tempo para decidir se permanece ou não no cargo. A corregedoria do Ministério Público não entregou até o fim da tarde de ontem a notificação da decisão que o obriga a escolher entre continuar como promotor público ou permanecer no primeiro escalão do governo do estado. Delazari estava em Curitiba, segundo informou sua assessoria.
Nesta semana, o corregedor-geral de Justiça do MPE, Ernani de Souza Cubas Júnior, garantiu que irá tentar notificar pessoalmente Delazari. O corregedor informou que começaria as tentativas ontem. Mas, aparentemente, não obteve sucesso.
Promotores apostam que é questão de tempo a instituição receber uma resposta definitiva do atual secretário de governo sobre se fica na instituição ou se abre mão para permanecer no governo. Eles acreditam ainda que Delazari não recorrerá da decisão na Justiça. Isso não encerraria o processo administrativo que analisa, inclusive, a possibilidade de abandono de emprego por parte do promotor licenciado.
Para alguns promotores, a tendência é de que a Justiça local dê decisão contrária à permanência de um promotor no governo. O entendimento do Ministério Público é de que os promotores não têm permissão para exercer outras funções públicas. O Judiciário, acreditam os promotores, não iria contra essa decisão.
"Estamos muito preocupados. O Ministério Público está em situação complexa. Não sabemos o que vai resultar. Se alguma sanção a ele, falta funcional ou destituição", disse Cubas Júnior. Licença Assim como o MPE, a Associação Comercial do Paraná também não permite que membros de sua diretoria exerçam cargos públicos. Por isso, o presidente da entidade, Virgílio Moreira, vai se licenciar da função para assumir a Secretaria de Estado da Indústria e Comércio. Ele toma posse no cargo na próxima segunda-feira, junto com cinco outros novos secretários do governo Requião.
No lugar de Virgílio, na Associação Comercial, assume Avani Tortato. Para ela, não haverá prejuízos nem benefícios para a associação com a ida de Virgílio para o governo. "Vamos defender interesses do governo desde que estejam voltados para os associados", afirma a nova presidente.
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