O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), acusou o lobista e delator da Lava Jato, Fernando Antonio Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano, de proteger o empresário Gregório Marin Preciado em seus depoimentos à força-tarefa da Lava Jato. Segundo o senador, Preciado era quem realmente “organizava” os negócios de Baiano, que operava pagamentos de propinas na diretoria Internacional da Petrobras para vários políticos
“A delação quando ele [Fernando Baiano] conta quando me conheceu quando eu era diretor [de Gás e Energia da Petrobras, cargo ocupado por Delcídio entre 1999 e 2001] e o Nestor era gerente, que ele foi apresentado a mim por um amigo. Ele poupou ao Gregorio Marin Preciado”, relatou o senador em conversa gravada com Edson Ribeiro, advogado de do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
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Leia a matéria completaO diálogo de 1h35 min que revela o esforço do parlamentar para evitar a delação do ex-diretor foi gravado por Bernardo Cerveró, filho do executivo da estatal, e serviu para embasar a prisão preventiva do senador nesta quarta-feira (25).
Delcídio ainda lembra outra reunião da qual participou, ocorrida na Espanha, que as autoridades rastrearam os participantes, menos Preciado. “E as conversas que nós ouvimos é que numa dessas reuniões que ocorreram (...) os caras [em referência ao Ministério Público Federal] já rastrearam quem tava nessa reunião e existia um espanhol nessa reunião que eles não souberam identificar quem era. Bingo!”, exclama o senador que é logo completado por Edson Ribeiro: “Gregório”.
O parlamentar então, conclui que Preciado é o responsável pelas negociatas de Fernando Baiano e lembre que se encontrou com o empresário durante um almoço com José Serra no qual ele afirmou que era cunhado do tucano. “Ou seja o Fernando tá na frente das coisas mas atrás quem organiza é o Gregório Marin. O Serra me convidou para almoçar outro dia e ele [Gregório Marin Preciado] rodeando no almoço rodeando, rodeando que ele é cunhado do Serra “, afirmou Delcídio. Preciado é casado com uma prima de Serra.
Além das acusações de Delcídio, Baiano relatou em sua delação premiada que Gregório Preciado teria sido um dos operadores que o ajudou a movimentar no exterior, por meio de empresas de fachada, a propina de US$ 15 milhões destinada e funcionários da estatal referentes à polêmica compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras em 2006.
O jornal O Estado de S. Paulo não conseguiu localizar Gregório Preciado. Consultado, José Serra não havia se manifestado sobre o assunto até o fechamento da reportagem.
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