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Atualizado em 29/08/2005 às 10h22O atacante do Real Madrid Ronaldo chegou ao Rio na manhã desta segunda-feira e foi direto, de helicóptero, para o Serviço de Repressão a Entorpecentes (SRE), em Niterói, prestar esclarecimentos sobre a citação de seu nome durante uma conversa entre dois dos 13 jovens de classe média de Niterói, presos durante uma operação que desbaratou uma quadrilha que usava o site de relacionamentos Orkut para vender drogas. Ronaldo veio ao Brasil participar do jogo contra o Chile que acontece no domingo, em Brasília, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2006.

Ronaldo foi até a delegacia espontaneamente e prestou depoimento como testemunha. Após 40 minutos de depoimento, o jogador deixou a unidade sem falar com a imprensa. Ele disse apenas que já estava tudo esclarecido. Segundo a assessoria de imprensa de Ronaldo, ele resolveu se apresentar espontaneamente e por isso não veio acompanhado de nenhum advogado.

O delegado titular do Serviço de Repressão a Entorpecentes de Niterói, Luiz Marcelo Xavier, disse que o depoimento do jogador Ronaldo afasta qualquer possibilidade de sua participaçãocom a venda de drogas pela internet.

Ronaldo contou ao delegado que de fato esteve na casa de amigos com sua ex-namorada Lívia Lemos e lá estava o irmão dela, Amon Lemos, e a pedido dele teria tirado uma foto. Após ouvir vários depoimentos, o delegado concluiu que Amon utilizou o conhecimento com o jogador para alcançar status dentro da quadrilha.

O jogador disse que, durante o encontro na casa de um amigo na Barra da Tijuca, nenhum dos presentes fez uso de drogas e sequer este assunto foi levantado entre o grupo. O delegado fez questão de elogiar a atitude do jogador de se apresentar espontaneamente sem a presença de advogado. Em sua interpretação foi um ato de confiança no poder público.

O goleiro Júlio César, da Inter de Milão, também chegou ao Rio nesta segunda-feira devido ao jogo da seleção no domingo e deverá prestar depoimento ainda hoje, antes de se apresentar na concentração da seleção, na Granja Comary, em Teresópolis.

De maneira educada, Júlio César pouco falou sobre o episódio que o envolve em conversas telefônicas com o criminoso Bem-Te-Vi, apontado como o chefe do tráfico de drogas da favela da Rocinha, zona oeste. O goleiro disse apenas que em nenhum momento negou que a voz no telefonema grampeado pela polícia do Rio fosse realmente sua, mas evitou dar detalhes de seu suposto relacionamento com o traficante.

- Chegando ao Rio eu estou tranqüilo e se tiver que depor vou tranqüilo, ainda não fui comunicado sobre a intimação mas quando tiver que ir à delegacia vou tranqüilo. Depois sim, converso na hora certa com todo mundo sobre o que se passou, ok? - disse o goleiro que deve ser intimado a depor ainda nesta segunda-feira.

O atleta foi flagrado conversando com o traficante quando a polícia grampeou o telefone de Bem-Te-Vi com autorização judicial. Por duas vezes o criminoso conversou com Júlio César.

Na segunda conversa, o goleiro relata ao traficante um assalto que tinha presenciado nas imediações da Rocinha. Júlio César já dissera em outra ocasião que conversou com Bem-Te-Vi por insistência de um amigo comum.

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