O delegado da Polícia Civil de São Paulo Benedito Antonio Valencise, que investiga as suspeitas de corrupção na prefeitura de Ribeirão Preto, disse nesta quinta-feira, em depoimento na CPI dos Bingos, que tem elementos suficientes para comprovar a participação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, no esquema de superfaturamento nos contratos de varrição pública no município na gestão do petista. Ele disse que, se fosse de sua alçada, indiciaria Palocci pelos crimes de peculato e falsidade ideológica. Por ser ministro, Palocci tem direito a foro especial e só pode ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Valencise revelou que a investigação, que deve durar mais 30 dias, comprovou que apenas um terço do valor pago pela prefeitura para varrição de ruas era gasto efetivamente na realização do serviço. O restante, segundo o delegado, era pago ilegalmente à empresa Leão Leão, que "lavava" o dinheiro utilizando notas fiscais falsas e devolvia parte à prefeitura. O delegado disse ter provas testemunhais de que o dinheiro era enviado para o PT e que o acordo para montagem do esquema foi firmado pelo próprio Palocci e seu sucessor, Gilberto Magioni.
O clima na sessão foi muito tenso entre oposicionistas e governistas, que tentaram desqualificar o delegado, acusando-o de participar de pelo menos cinco crimes de tortura em investigações realizadas em Ribeirão Preto.
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