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O diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) do Rio Grande do Sul, delegado Ranolfo Vieira Junior, afirmou, em entrevista coletiva nesta terça-feira (2), que o ex-secretário da Saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos, morto a tiros em 26 de fevereiro, disse que já havia cometido um homicídio. A polícia está apurando o fato. O delegado disse que teve acesso aos depoimentos prestados pelo ex-secretário da Saúde em inquérito que apura desvios de recursos na Prefeitura de Porto Alegre.

Nestes depoimentos, ainda segundo o delegado, Santos não teria manifestado temor à sua vida. Vieira Junior afirmou ainda que a polícia continua trabalhando em duas linhas investigatórias. A primeira é de homicídio e a segunda é de latrocínio - roubo seguido de morte.

Alguns exames que analisam o material genético encontrado no local do assassinato do ex-secretário já foram repassados à polícia pelo Instituto Geral de Perícias, segundo o delegado. Os resultados, no entanto, não serão divulgados para não prejudicar as investigações. Até o momento, 15 pessoas já foram ouvidas pela polícia.

Três homens teriam participado do crime. Um deles permaneceu no veículo e outros dois surpreenderam o ex-secretário quando ele entrava no carro com a família, após um culto religioso. A vítima foi atingida por dois tiros - no tornozelo direito e no coração - e ainda conseguiu disparar contra os suspeitos. Um deles teria ficado ferido. Todos fugiram. Nenhum suspeito do crime foi preso até esta terça-feira.

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