O delegado da Polícia Federal Diógenes Curado pedirá na tarde desta terça-feira mais tempo à Justiça Federal para concluir o inquérito que investiga o envolvimento do empresário Abel Pereira no esquema de venda superfaturada de ambulâncias. Ele é acusado de ser elo da máfia dos sanguessugas durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
Segundo o delegado, esse é o segundo pedido de prorrogação.
- É uma questão processual. Tenho que checar mais dados, e há mais pessoas a serem ouvidas - afirmou Curado à Agência Brasil.
Será encaminhado também à Justiça Federal em Cuiabá um documento explicando o que foi investigado até agora.
- Não chega a ser um relatório parcial. É apenas um despacho - explica.
O inquérito foi aberto em setembro e, segundo a Polícia Federal, o empresário teve um processo à parte por ter sido citado nos depoimentos dos principais personagens do esquema investigado pela CPI dos Sanguessugas.
Abel Pereira é suspeito de intermediar licitações superfaturadas na gestão do ex-ministro da Saúde Barjas Negri, do PSDB. Os empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin, donos da Planam, empresa envolvida no esquema de venda superfaturada de ambulâncias para prefeituras, disseram em juízo que Pereira teria ligações com o esquema no governo anterior.
Em depoimento à Polícia Federal e à CPI dos Sanguessugas, o empresário negou ter influência no ministério. O ex-ministro também negou conhecer o esquema de favorecimento. O relatório final da comissão pediu o indiciamento de Abel Pereira ao Ministério Público.
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