Cunha: "Alopragem" a respeito da Lava Jato foi desmoralizada
O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), afirmou ontem que seu envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras foi uma "alopragem que foi desmoralizada". A declaração foi feita um dia após a defesa do doleiro Alberto Youssef dizer que seu cliente não teve negócios com o peemedebista e que vai enviar uma petição nos próximos dias à Justiça informando que ele não determinou a entrega de dinheiro para o congressista. Cunha é candidato à presidência da Câmara.
Na semana passada, foi revelado que um subordinado de Youssef no esquema da Lava Jato, o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, afirmou em depoimento que o doleiro teria lhe mandado entregar dinheiro numa casa que seria do deputado.
Folhapress
O deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) esteve ontem em Curitiba para fazer campanha à eleição de presidente da Câmara dos Deputados. Delgado se reuniu com o governador Beto Richa (PSDB) e conversou com deputados federais do estado.
Delgado disse em entrevista que a sua candidatura é uma tentativa de acabar com "o discurso que vem dominando o Congresso". "Apresentei meu nome para ser uma opção ao mesmo discurso de sempre, que prega uma independência que nunca acontece plenamente. Minha candidatura é uma tentativa de acabar com os verdadeiros adversários da Câmara, que são a mesmice, o conformismo e o toma-lá-dá-cá."
Além dele, devem concorrer à presidência da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Arlindo Chinaglia (PT-SP). Cunha, visto até o momento como o favorito na disputa, sofreu um revés nos últimos dias quando seu nome apareceu nas investigações da Operação Lava Jato. Delgado disse que não pretende usar o fato novo como arma de campanha, mas logo em seguida emendou: "Para quem quiser votar nos candidatos que sempre aparecem ligados a escândalos, eu não sou a opção. Mas, aos outros, quero colocar meu nome à disposição."
Na reunião, no Palácio Iguaçu, Delgado estava acompanhado dos dois deputados federais do seu partido pelo Paraná: Luciano Ducci e Leopoldo Meyer. Também estiveram presentes o deputado federal Rubens Bueno, do PPS, o deputado estadual eleito Tiago Amaral (PSB) e o presidente do PSB no Paraná, Severino Araújo.
Richa disse que "deseja boa sorte" ao deputado, que classificou como tendo um "comportamento ético irrepreensível". O PSDB está formalmente apoiando a candidatura de Delgado, tido como candidato de oposição. O governador disse que já conversou com o presidente do seu partido, senador Aécio Neves, mas que não falou ainda com a bancada paranaense.
Segundo Delgado, a visita a Richa é importante não só devido ao tamanho da bancada paranaense (são 30 deputados federais), mas porque o governador também teria como influenciar a bancada nacional do PSDB. Delgado disse que já esteve em oito estados e ainda ontem visitaria o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também do PSDB.
Governo Lula busca respaldo internacional para pressionar regulamentação das redes sociais
Governo quer limitar uso de armas por policiais e vincular verbas federais a novas normas
Braga Netto preso e o alerta para Bolsonaro; ouça o podcast
“Extremamente grave”, diz médico de Lula sobre sangramento e risco de morte