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Em depoimento à Polícia Federal, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares voltou a dizer que o R$ 1 milhão depositado em espécie na conta da Coteminas, empresa do vice-presidente da República José Alencar, é parte dos empréstimos de R$ 55,2 milhões feitos pelo empresário Marcos Valério de Souza nos Banco Rural e BMG. Segundo Delúbio, desse dinheiro, Marcos Valério repassou R$ 4,9 milhões diretamente ao PT, usados para pagar outros gastos do partido, como R$ 500 mil pelos honorários do advogado Aristides Junqueira, que defendeu petistas no caso de Santo André.

O ex-tesoureiro contou que estava sendo pressionado para pagar pelo menos uma parcela dos R$ 12 milhões devidos à Coteminas e por isso pegou o que restava do dinheiro repassado por Valério. Delúbio também não soube dizer para onde foram levadas as camisetas encomendadas à Coteminas, dizendo apenas que vários estados as receberam.

No depoimento, Delúbio disse que não tinha detalhes da lista de beneficiários do valerioduto, entregue à PF e ao Ministério Público. Delúbio negou que tenha indicado Roberto Maques, assessor de José Dirceu, para fazer um saque de R$ 50 mil no Banco Rural e disse que não sabe quem é o Roberto Marques citado na lista de Marcos Valério.

O ex-tesoureiro disse que não sabia do repasse de R$ 10 milhões feito para o publicitário Duda Mendonça no exterior. Ele disse que apenas recomendou a Marcos Valério que pagasse uma dívida do partido com o publicitário, mas não sabia como isso seria feito.

Na próxima semana, a Polícia Federal deve ouvir Solange Oliveira, ex-secretária de Delúbio, e Marice Correia de Lima, coordenadora administrativa do PT, sobre o depósito na conta da Coteminas. Futuramente, Delúbio também deve ser ouvido novamente.

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