O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares disse em seu depoimento na CPI do Mensalão que ele determinava quem deveria receber dinheiro do empresário Marcos Valério em nome do PT e também a quantia que deveria ser recebida.
- Eu solicitei um empréstimo através das empresas de Marcos Valério e solicitava a ele a fazer pagamentos de despesas solicitados neste período.
O relator da CPI Abi-Ackel (PP-MG), quis saber, então, se ele era o único responsável pelo resgate das dívidas do PT,
- As dívidas foram levantadas pela direção do partido. Mas da forma de resolver, ninguém mais do partido participou, nem das negociações dos empréstimos, nem da arrecadação de recursos. Mas os recursos foram destinados a pessoas do PT e de partidos aliados.
De acordo com o relator, grande parte dos pagamentos foi feita através da agência do Banco Rural de Brasília. Abi-Ackel perguntou a Delúbio se houve saques em outras agências.
- Pode ter havido. Era uma relação de confiança com Marcos Valério. Ele decidia como isso era feito. Depois da negociação, as pessoas indicadas confirmavam o recebimento e Marcos Valério não prestava contas.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”