Em depoimento na CPI do Mensalão, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares voltou a afirmar, desta vez ao deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que a executiva nacional do partido tomou conhecimento apenas de algumas dívidas dos diretórios regionais.
- A direção nacional tinha conhecimento de algumas dívidas, de outras (caixa dois) não. Os dirigentes sabiam mais dos problemas enfrentados pelos estados mais fortes como São Paulo e Rio Grande do Sul. Éramos eu, (José) Genoíno, Silvio Pereira e outros. As dívidas eram apresentadas ao diretório ou por tesoureiros ou por coordenadores das campanhas regionais de 2002. e depois os partidos da base aliada também vinham pedir ajuda. Mas foi delegada a mim a solução dos problemas - reafirmou, mecionando o total de R$ 20 milhões de dívidas de campanha dos estados.
Mesmo de posse de duas listas encaminhadas à presidência da CPI pelo deputado Raul Jungmann (PPS-PE), o ex-tesoureiro evitou pontuar quais dirigentes da executiva nacional e do diretório do PT sabiam dos empréstimos e das dívidas contraídas em campanha pelos diretórios regionais. Delúbio se comprometeu, no entanto, em analisar os nomes e em responder aos integrantes em, no máximo, uma semana, conforme havia se comprometido anteriormente.
O deputado, então, deu entrada em um requerimento para que a CPI determine que o diretório nacional do PT detalhe quais dirigentes tomaram conhecimento das dívidas que somavam R$ 20 milhões ou que, na época, foram comunicadas por Delúbio Soares, segundo conta o depoente.
- É necessário que os dirigentes do PT respondam por isso ou que pelo menos respondam de forma colegiada.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”