O DEM contestou os dados divulgados pelo governo sobre os investimentos realizados dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em nota divulgada nesta terça-feira (11), o partido de oposição diz que PAC é muito menor do que o anunciado pelo governo, e não chega aos R$ 557,4 bilhões em investimentos. segundo o DEM, o Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI) aponta que a participação do Tesouro Nacional nesse total é de apenas R$ 50,6 bilhões pagos, ou 9,1% do total anunciado. O restante do valor se deve a financiamentos, ações de empresas estatais e empreendimentos da iniciativa privada.
"A verdade é que ao lado de maquiagens orçamentárias e divulgações pirotécnicas do PAC, convivemos com grandes obras paradas e atrasadas em todas as regiões do Brasil. Apesar do esforço em mostrar um país em movimento, o governo do PT é apenas bom de promessa e propaganda, mas ruim de entregar obras prontas", afirma o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (DEM-RN).
Além disso, segundo divulgou o DEM, o valor de R$ 50,6 bilhões que seriam a parte que foi de fato aportada pelo Tesouro, corresponderia a apenas 32,8% do que estava reservado nos orçamentos do PAC nos anos de 2011 a 2013. Eles avaliam isso como "uma má gestão orçamentária".
Restos a pagar de outros períodos do Orçamento que não foram executados também estariam incluídos nos dados do PAC, segundo o levantamento feito pelo DEM. "R$ 997 milhões dos chamados restos a pagar dos anos de 2007 a 2010, que em tese correspondem somente ao PAC 1", estariam incluídos no número apresentado pelo governo, aponta o partido.
Por fim, o partido ainda aponta que os 54,9% de obras concluídas do que foi previsto até o final do governo Dilma deixam de lado as principais ações do PAC como a Transposição do rio São Francisco, as ferrovias Transnordestina e Norte-Sul e a refinaria Abreu e Lima. "Por essas e outras, desde que a presidente Dilma Rousseff assumiu o Brasil foi o país que mais retrocedeu no ranking de competitividade do World Competitiveness Yearbook (IMD): 13 posições desde 2010. Atualmente, o país ocupa a 51ª posição em sessenta países. A impossibilidade de exportar a super safra obtida este ano é uma evidência lamentável do gargalo competitivo", avalia Maia.
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