O diretório regional do DEM escolheu Osório Adriano, suplente de deputado federal, para ser o candidato do partido à eleição indireta que escolherá o novo governador do Distrito Federal. O DF está sendo governado interinamente por Wilson Lima (PR) há cerca de 50 dias. O governador eleito, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), teve o mandato cassado por infidelidade partidária, após episódio conhecido como "Mensalão do DEM"e o então vice-governador, Paulo Octávio, renunciou ao mandato. A eleição indireta está marcada para o dia 17.
Osório Adriano assumiu vaga na Câmara dos Deputados quando Alberto Fraga, eleito pelo DEM, pediu licença do cargo de deputado federal para assumir a secretaria de Transportes do governo do Distrito Federal (GDF). Durante o breve mandato, foi revelado pela imprensa que Osório Adriano usou recursos da Câmara para pagar a empregada doméstica de Alberto Fraga. Ele, na época, negou a acusação e disse não conhecer a funcionária.
Adriano também foi citado, em depoimento à Polícia Federal, por Durval Barbosa, delator do "mensalão do DEM", esquema de corrupção que seria chefiado por Arruda, segundo inquérito da Operação Caixa de Pandora. Segundo Barbosa, a empresa AB Produções, que trabalhou na campanha de eleição de José Roberto Arruda, em 2006, alugou uma chácara no Lago Sul, em Brasília, pertencente a Osório Adriano, que serviu de gabinete de transição de governo após a campanha. Apelidado de "Casa dos Artistas", a chácara, segundo Barbosa, possuía "um gabinete para Arruda, composto de sala, sala de estar e quarto com cama king size".
O DEM ainda não escolheu o candidato a vice que concorrerá ao governo na chapa de Osório Adriano. Até o momento, nenhum candidato se inscreveu. O prazo para registro de candidaturas termina nesta quarta-feira (7), às 18h.
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