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O quadro da disputa para a Prefeitura de São Paulo só ganhará contornos mais definidos quando o ex-governador José Serra, do PSDB, decidir se será ou não candidato na eleição do ano que vem. Sua resolução vai definir os rumos que tomarão o DEM e o recém-criado PSD, do atual prefeito Gilberto Kassab, além de seu próprio partido.

Nesta terça-feira (16), o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia, que é pré-candidato do DEM na disputa, disse que apenas o ex-governador o faria desistir de concorrer ao Executivo Municipal. O mesmo já havia afirmado Kassab no fim de semana, para quem Serra teria o poder de fazer com que Guilherme Afif Domingos renunciasse à sua intenção de sair candidato ao cargo pelo PSD.

Garcia afirmou que conta com a aceitação "tranquila" de seu partido por seu nome na disputa eleitoral em 2012, mas que a eventual candidatura de Serra para prefeito o faria repensar sua decisão. "Acalento sim a perspectiva de ser candidato a prefeito no ano que vem", afirma. "Respeito todas as candidaturas, mas o Serra tem uma densidade eleitoral que me faz parar para uma reflexão", admite. De acordo com ele, sua pré-candidatura seguirá "com toda segurança" se o PSDB, tradicional aliado do DEM, não encontrar um nome de força como José Serra.

No último sábado, o prefeito da capital paulista e então empossado como primeiro presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, deu declarações no mesmo sentido. Ao afirmar que, na sua opinião, o PSDB não está preparando uma candidatura forte para o ano que vem, Kassab disse que o PSD apoiaria os tucanos se o candidato fosse o senador Aloysio Nunes ou o ex-governador Serra. "Se fossem, teriam o nosso apoio", disse. Hoje, a intenção de Kassab é a de lançar o atual vice-governador do Estado, Guilherme Afif, para disputar o cargo em 2012. Serra já disse em entrevistas no início do ano que não sairá candidato em 2012.

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