DEM e PSDB devem entrar com representação na Justiça Eleitoral contra as cinco centrais sindicais - Força, CUT, CGTB, CTB e Nova Central -, que realizaram anteontem a assembleia da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), no Estádio do Pacaembu, em São Paulo.

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O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou que o caso já está sob análise do departamento jurídico da legenda. "Se é para cumprir nosso papel, nós vamos cumprir, mesmo que para eles não faça a menor diferença", disse, sobre os dirigentes sindicais que discursaram na Conclat.

"O desrespeito é diário e permanente", afirmou Maia. "Se voltaram a fazer dossiê (referência ao suposto dossiê contra o pré-candidato tucano José Serra), são capazes de fazer de tudo."

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Na Conclat, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, baixou o tom durante sua fala, temendo represálias da Justiça Eleitoral. No dia anterior, em evento com movimentos sociais, havia chamado Serra de "um sujeito" capaz de gerar "conflito social" e tirar o direito dos trabalhadores.

Artur Henrique, presidente da CUT, que também havia atacado Serra um dia antes, falou na Conclat em "não permitir o retrocesso", referindo-se ao pré-candidato tucano. Em seguida, citou nominalmente Fernando Henrique Cardoso, com críticas à sua gestão na Presidência.

Além dos discursos dos presidentes, o evento todo, com quatro horas de duração e dezenas de pronunciamentos de dirigentes sindicais, foi permeado por falas incisivas em favor da petista Dilma Rousseff e rasgados elogios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em um vídeo, apresentado no telão do estádio, a menção à exploração do petróleo do pré-sal foi coberta por uma imagem de Lula. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.