O Democratas decidiu, nesta quinta-feira (11), expulsar ex-deputado Geraldo Naves, preso desde o mês passado acusado de participar da tentativa de suborno a uma testemunha do mensalão do DEM de Brasília.

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A defesa de Geraldo Naves disse ao G1 que ainda não tomou conhecimento da decisão.

Na quarta (10), a Procuradoria da Câmara Legislativa do Distrito Federal emitiu um parecer afirmando que o ex-deputado deve assumir a vaga aberta com a renúncia de Junior Brunelli (PSC), protagonista do que ficou conhecido como "oração da propina."

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Segundo o deputado ACM Neto (DEM-BA), que assinou a decisão em nome do Diretório Nacional do DEM, já havia um processo de expulsão aberto, mas decisão foi antecipada diante da possibilidade de Naves assumir o mandato. "Diante do risco de ele assumir, não vimos outra alternativa senão expulsá-lo sumariamente para não ter nenhuma dúvida sobre a postura do partido, intransigente, com relação a um político que corre o risco de assumir o mandato mesmo preso. Acho lamentável que ele possa assumir o mandato", disse.

Para Neto, a posse de Naves poderia levantar "uma série de questionamentos. "O partido foi contundente com todos os envolvidos nesse caso: Arruda, Paulo Octávio, Leonardo Prudente. Todos os envolvidos nesse caso o partido afastou. Para não reiniciar o questionamento, entendemos que devíamos expulsá-lo sumariamente", explicou.

Segundo a procuradoria da Câmara do DF, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) precisa liberar Naves da prisão, mesmo que temporariamente, para que ele tome posse. "Como ele está preso, precisa de uma autorização judicial para ser escoltado até a Câmara, tomar posse e voltar para a prisão", afirmou Nazaré.

Como Brunelli renunciou, Naves assumiria o mandato em definitivo. Ele era suplente de Paulo Roriz (DEM) quando virou deputado pela primeira vez neste ano.

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