Preocupados com o impacto eleitoral do escândalo envolvendo o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), parlamentares democratas já articulam a expulsão do ex-líder do partido. As denúncias que envolvem Demóstenes, sob ameaça de responder a processo de quebra de decoro parlamentar, acenderam a luz amarela no projeto político do partido para as eleições municipais. Reservadamente, caciques estão receosos de que as acusações que pesam contra o senador respinguem nas disputas a prefeito das principais capitais em outubro.
Em conversas, a cúpula do partido deu-lhe um ultimato: ou explica de forma convincente até terça-feira seu real envolvimento com o empresário do ramo de jogos de azar Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, ou responderá a um processo de expulsão. A cobrança foi feita pelo presidente do partido, senador José Agripino (RN), o líder da bancada na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), e o deputado Ronaldo Caiado (GO).
ACM Neto admitiu ontem que a situação de Demóstenes se "agravou" nos dois últimos dias, após a divulgação de novos grampos telefônicos feitos pela Polícia Federal que revelam uma relação próxima do parlamentar com Cachoeira.
O DEM lançou pré-candidaturas do líder da bancada na Câmara, o deputado ACM Neto, em Salvador (BA), e do deputado federal e ex-presidente da sigla, Rodrigo Maia, no Rio de Janeiro. O partido quer ainda ter direito a escolher, na disputa à Prefeitura paulistana, o vice da chapa comandada pelo tucano José Serra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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