Posse

Como o ato de cassação de Demóstenes foi publicado nesta quinta-feira (12) no Diário Oficial do Senado, o suplente do ex-senador tem o prazo de 60 dias para assumir o mandato.

O prazo pode ser prorrogado por mais 30 dias, desde que ele comunique o comando da Casa sobre a sua intenção de assumir. Wilder ainda não comunicou ao Senado sobre a data em que pretende assumir o mandato. A posse pode ocorrer inclusive durante o recesso parlamentar, que tem início no dia 18 de julho.

Se for realizada no recesso, ocorre no gabinete do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Do contrário, o senador é empossado em cerimônia no plenário da Casa.

Ao assumir o mandato, o suplente passa a ter todos os direitos concedidos aos parlamentares, como salário de R$ 26,7 mil, auxílio-moradia, atendimento médico e odontológico e a cota de R$ 15 mil para gastos no exercício da função, entre outros.

Folhapress

CARREGANDO :)

O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), afirmou que cobrará explicações do engenheiro e empresário Wilder Pedro de Morais, suplente de Demóstenes Torres (ex-DEM, sem partido-GO), senador que teve o mandato cassado na quarta-feira sob acusação de usar o mandato nos interesses do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Morais teria omitido parte do seu patrimônio na declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral. Ele também terá de explicar grampos feitos pela Polícia Federal segundo os quais Cachoeira teria trabalhado para colocá-lo na suplência de Demóstenes e na Secretaria de Infraestrutura do governo de Goiás cargo ocupado por ele agora.

Publicidade

Agripino Maia disse que só vai pedir esclarecimentos a Morais depois que ele deixar a secretaria. "Ele tem que primeiro renunciar à secretaria. Esperamos que ele esclareça as dúvidas", afirmou o presidente do DEM.

O líder do PT, Walter Pinheiro (BA), disse que, assim como ocorreu com Demóstenes, o suplente poderá se explicar no Conselho de Ética caso não consiga esclarecer a relação que tinha com o contraventor. "Com o quase senador, a nossa obrigação é colher as explicações na CPI ou no Conselho de Ética se necessário for. Além dele ter a obrigação de dar uma explicação ao eleitorado de Goiás, ele tem a responsabilidade com o Brasil", disse.

O líder do PSDB, Alvaro Dias (PR), disse que as suspeitas que pairam sobre Morais deveriam levar o Congresso a "radicalizar e extinguir" a figura dos suplentes. Para Dias, o mais recomendável para os casos de cassação seria deixar o cargo vago até a eleição mais próxima, quando poderia ocorrer uma nova disputa. O tucano, porém, nunca apresentou projeto com essa sugestão.